Via Franca

Via Franca

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Quarentena - 30º dia

Trinta de abril... Quinta-feira...
Nas quintas-feiras a Teresa ia para casa ajudar a minha mãe na faxina semanal, mas por conta da pandemia, isso não acontece mais... Então divido o meu tempo, neste dia da semana entre os cuidados com El Cid e uma força para a minha mãe no varrer, aspirar, lavar e encerar.
Conversamos sobre a vida no casamento, pois já havia completado um mês que eu estava longe da minha esposa, que ficou em São Paulo, enquanto eu estava fazendo companhia para o meu pai. Vi que este distanciamento preocupava muitos o meu velho... Ele que passou praticamente dois terços da vida dele ao lado da minha mãe, não tinha por hábito distanciar-se dela. Até as viagens eram compartilhadas por todos, influenciando muito as minhas irmãs, que também ao viajarem levavam junto os meus pais... Era engraçado que a minha mãe sempre se prontificava a ir, adorava passear, mas o "seu Edercides" fazia o charminho característico do "podem ir, eu não estou muito afim de viajar, não"... Claro que sempre ia e era quem mais aproveitava os passeios... 
Eu, inclusive, aderi a um desses programas de fidelização de viajantes, que nem sempre representam benefícios, por conta dos meus progenitores, que sempre amaram as águas termais de Goiás e sempre reclamavam dos custos para passar temporadas, lá... Fiquei sócio temporariamente do Rio Quente Resorts, pois sabia que eles curtiam muito o lugar.
A nossa última viagem para o Rio Quente havia sido em julho de 2019, para comemorar os 50 anos do casamento dele e da minha mãe, que trocaram festejar em algum buffet por uma semana de convivência conosco, desfrutando de boa comida, tranquilidade e piscinas de águas quentinhas.
Nestes sete dias, que aproveitamos muito, veio na memória o quanto eles foram companheiros a vida toda, dividindo tarefas domésticas, farturas e carências, a responsabilidade na criação de três filhos, sem perder om respeito mútuo e o amor. 
Uma das qualidades que eu mais admirava no meu pai era o cavalheirismo e o esmero que tinha ao cuidar da minha mãe, quando saíam para passear. Era um verdadeiro protetor, no sentido estrito da palavra, não só em relação à ela como de todos nós...
e descrever um pouco a convivência deles, enquanto casal, citando a força que ele dava para ela, o papel de protetor e o cavalheirismo.
Em construção.


Nenhum comentário:

Postar um comentário