Via Franca

Via Franca

sábado, 30 de março de 2019

Festival de sustentabilidade Green Nation no Ibirapuera


Começou na segunda-feira e vai até o domingo o festival de sustentabilidade Green Nation, no Parque do Ibirapuera, que tem como mote a reflexão sobre o meio ambiente no nosso país.
A programação inclui vivências em grupo, atividades de reflexão sobre sustentabilidade, oficinas, debates, mostra de cinema e teatro. Você pode acessar o site www.greennation.com.br para obter mais informações.
O evento é gratuito e tem nas crianças o seu foco, proporcionando vivências interativas, sensoriais e imersivas para pensar, viver e e sentir a sustentabilidade.
Eu dei uma passadinha ontem e pude sentir um pouco a atmosfera lúdica e encantadora das suass atividades. Mas, se for visitar com os seus pequenos, tenha muita paciência, pois as filas são enormes e algumas atrações chegam a ter duas horas de espera (lembra aqueles parques temáticos lá dos Isteitis, rsrs).

Entrei apenas no "caminho do lixo", onde os visitantes entram literalmente pelo cano até chegar em um rio, cheio de lixo, onde são convidados a agir para deixá-lo mais limpo (os pequenininhos adoram a ação lá dentro). Mas, também tem uma "nave espacial" onde um visitante do ano de 2200 volta até 2018 para ver as consequências do desmatamento da Mata Atlântica e buscar dados genéticos para recuperar espécies extintas daquele ecossistema, "asas deltas" onde os pequenos podem voar sobre rios, mares, cachoeiras brasileiras com óculos de realidade virtual, a "estação AMA" somos convidados a imaginar a nossa vida sem a abundância de água que chega todos os dias nas nossas casas (é uma reflexão sobre mudanças de hábitos cotidianos em relação a este importante recurso), uma simulação de reciclagem de garrafas pet, experiência no gelo da Antártida, entre tantas outras atividades.
Recomendo dar uma passadinha logo na entrada, do lado esquerdo, e ouvir as boas explicações sobre um projeto de reflorestamento nas áreas de mananciais, aqui na grande São Paulo e adotar uma árvore da Mata Atlântica. Não precisa pagar, basta fazer o seu cadastro que uma espécie é "sorteada" para você (a minha foi o Monjoleiro - senegalia polyphylla).
Dá uma passadinha lá... Leva os seus pequenos... Dá uma boa pensada sobre hábitos e atitudes cotidianas que podem ser vitais para a conservação dos nossos recursos naturais e do meio ambiente.
É um evento gratuito e só vai até este domingo.
Atenção para os horários de funcionamento (no final de semana é das 10h às 16h) e está acontecendo no Pavilhão das Culturas Brasileiras no Parque do Ibirapuera (fica próximo do planetário).
Na saída ainda tem vários food trucks com comidinhas e sorvetes.

























sexta-feira, 29 de março de 2019

Fotografias de Marc Ferrez no Instituto Moreira Salles


O Instituto Moreira Salles da avenida Paulista apresenta até o dia 21 de julho a exposição "Marc Ferrez: território e imagem" que mostra a extensa obra do fotógrafo realizada por todo o Brasil entre os anos de 1867 e 1922, percorrendo as regiões Norte, Nordeste e Sudeste como fotógrafo oficial da Comissão geológica do Império do Brasil (1875-1878) e as regiões Sul e Sudeste, documentando a construção e a modernização das suas principais ferrovias. Ferrez (1843-1923) nasceu no rio de Janeiro e fotografou intensamente a cidade e o seu entorno.
Sua atividade profissional foi marcada por muita criatividade e busca por inovações tecnológicas e de linguagem, em associação com grandes nomes de engenharia, da ciência e das artes.
A retrospectiva reúne mais de 300 itens, entre fotografias, álbuns originais, câmeras, equipamentos e documentos.
A exposição traz também trechos do primeiro filme exibido na inauguração do cine Pathé, de que Ferrez foi proprietário, em 1907, bem com as sequências de projeções de imagens fotográficas em lanternas mágicas. Apresenta ainda fotografias coloridas, produzidas por ele a partir da técnica de autocromo que forma realizadas durante os seus últimos anos de vida, no Brasil e na Europa.
O Instituto Moreira Salles fica na avenida Paulista, 2424, quase na esquina com a Consolação e fica aberto de terça a domingo das 10h às 20h (até às 22h nas quintas), próximo as estações Paulista (linha amarela) e Consolação (linha verde) do metrô, em São Paulo (SP). O telefone para informações é o (11) 2842-9120. Grátis.
Além da exposição vale uma visita ao IMS, que conta com outras exposições, uma biblioteca maravilhosa com vários livros de fotografia, um café/restaurante delicioso (Balaio) e uma vista interessante da avenida mais paulista de todas as avenidas.













quinta-feira, 28 de março de 2019

Levar alunos na Pedra Grande


Desde muito cedo, na minha profissão, saio com alunos para as excursões de estudo do meio... O que alguns pejorativamente enquadram como "passeios" (não deixa de ser, rsrs) representa algo valioso como instrumento de sensibilização, socialização e entendimento do meio que vivemos.
Fico um pouco apreensivo, quando me procuram para que estas saídas pedagógicas sejam voltadas principalmente para a recreação... Não que também não seja importante, mas o esforço e a logística (sem falar na grande responsabilidade) em retirar crianças dos "muros da escola" (adoro esta expressão) para um ambiente externo deveria ser muito bem pensado e planejado, procurando os benefícios que escrevi um pouco antes, neste texto.
É difícil, numa sociedade totalmente tecnológica, onde a criança desde cedo já tem contato com as facilidades digitais, causar o encantamento e a alegria de viver situações novas e inusitadas (para eles, é claro, pois para quem planeja tem que ser tudo muito bem controlado e previsível). Mas, ainda assim, as excursões escolares tem sido fundamentais como ferramentas de entendimento e respeito à natureza, patrimônio e diversidade cultural...
No mês de fevereiro, fiz uma atividade com os meus alunos dos sextos anos voltada para o entendimento das paisagens naturais e sociais. Escolhi o Parque da Cantareira, especificamente o Núcleo Pedra Grande, que fica na zona norte da cidade de São Paulo para isso.
Previamente discutimos em sala todas as características das diversas formas de paisagens, com os seus elementos principais e a maneira como interagimos com elas, principalmente em um grande centro urbano como Guarulhos. Depois foi proposta a visita ao parque, onde contamos com a ajuda de um geógrafo, como eu, que passou uma visão particular com uma linguagem diferente da minha, que sou professor da turma. Notem que isto é muito importante, pois a diversidade de linguagens e abordagens estimula o raciocínio e contrapõe ideias e teorias.
Subimos até o alto da pedra, um imenso bloco de granito, que dá uma visão privilegiada de parte das cidades da região metropolitana de São Paulo (principalmente da capital, é claro), emoldurada pela Mata Atlântica preservada dentro dos limites do parque. Uma pequena trilha pela mata complementou a atividade.
Além de todo o conteúdo pedagógico abordado, da agitação causada pelo visual único e exclusivo de Piratininga e de sons (e silêncios) que viveram, o que me chamou mais a atenção foi o estímulo causado neles pela explosiva beleza da natureza do local. Muitas alunas e alunos começaram a buscar com seus celulares fotos e montagens fotográficas bem particulares do que iam encontrando pelo caminho...
Daí, apuravam o olhar e observavam detalhes quase imperceptíveis para um grande grupo de pré-adolescentes extremamente agitados. Uns pediam para atrasar a marcha para colher mais cliques e poses...
De fato, todo o meu objetivo com este estudo do meio foi alcançado, sendo superado pelo encantamento que o próprio local produziu nos olhares de parte dos alunos.
Sublime, como a minha profissão de professor e guia de turismo pedagógico...
Uma experiência que deveria ser compartilhada e proposta por todas as instituições de ensino (e também pelas próprias famílias, dentro dos seus limites).










quinta-feira, 14 de março de 2019

Concerto "As quatro Estações" com A Trupe Barroca

whatsapp-image-2017-12-26-at-16-14-24-e1517524767613.jpeg


Com regência do maestro Sérgio Dias, a orquestra A Trupe Barroca vai se apresentar no charmoso Theatro São Pedro, próximo ao centro de São Paulo, neste sábado, dia 16 de março às 20h..
No programa tem Sinfonia em Ré Maior (Alessandro Scarlatti), Concerto para cravo e orquestra em Sol menor, opus 4, n 1, HWV 289 (Georg Friedrich Händel (tocado pr Fernando Cordella num cravo histórico do século XVII) e a magnífica obra de Antonio Vivaldi, a conhecidíssima, As Quatro Estações, com a grande violinista barroca Cynthia Freivogel.
Criada no ano de 1998, a orquestra capixaba A Trupe Barroca tem uma proposta bem diferente (uma "estética relevante e inovadora" segundo os seus divulgadores), principalmente a partir de 2017 onde assumiu a proposta ousada de se dedicar exclusivamente ao repertório dos séculos XVII e XVIII, utilizando-se de instrumentos históricos ou cópias perfeitas investindo em pesquisa e na execução das obras com uma sutileza de interpretações bem orientadas.
Então, vale ou não vale dar uma conferida... E nem precisa ser um amante da música erudita, pois as peças escolhidas tem uma sonoridade incrível e são muito conhecidas.
Sou suspeito para escrever sobre música barroca e deixo aqui, uma pitadinha do que será apresentado, com o primeiro movimento do "inverno" das Quatro Estações do Vivaldi (uma das passagens que eu mais gosto).
O Theatro São Pedro fica na Rua Barra Funda, 171 bem próximo ao Metrô Marechal Deodoro (Campos Elísios, São Paulo-SP)
Neste sábado, dia 16 de março, às 20h.
Ingressos entre R$ 35,00 e R$ 70,00...
Mais informações pelo fone (11) 3667-0499.