Via Franca

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Reabertura do Cine Belas Artes

Notícia maravilhosa, que esperei por anos para dar aqui: neste final de semana será reinaugurado o delicioso Cine Belas Artes (que agora será Cine CAIXA Belas Artes).
Tradicional na cidade de São Paulo, o Belas Artes sempre teve preços honestos, uma programação diferenciada (algumas películas só eram exibidas nele), público "maneiro" (sempre tive bons papos lá) e produtos únicos, como o Cineclube e os deliciosos "noitões".
No mês de julho só funcionarão 3 salas, mas em agosto voltam com força total, as 6 tradicionais. Também, a partir do mês que vem, voltam o “Noitão” e o “Cineclube”.
Então, neste sábado, dia 19 de julho, a partir das 16h, vale a pena dar uma passadinha no tradicional endereço da Avenida Consolação e conferir esta grande festa.
Segue a programação deste dia, especificamente. Inclusive, volta o longa “Medos Privados em Lugares Públicos”, que ficou três anos e meio na programção do cine, antes de fechar

Sala 2 – Cândido Portinari
17h10 – Quanto Mais Quente Melhor
19h50 – Um Dia Muito Especial
22h – A Malvada

Sala 3 – Oscar Niemeyer
17h40 – O Estudante
20h10 – Filha Distante
22h10 – Norwegian Wood – como nas canções dos Beatles

Sala 4 – SP CINE Aleijadinho
17h – A Noite
19h20 – Queimada!
22h – Medos privados em lugares públicos

Serviço:
CAIXA BELAS ARTES
Rua da Consolação, 2423 – Consolação - São Paulo (SP) - próximo ao metrô Consolação (linha verde) e Paulista (linha amarela).
Tel: 11 2894 5781 (www.caixabelasartes.com.br)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade) Tem poltronas numeradas
Venda dos ingressos: na bilheteria (cartões de débito: todos; não aceita cartão de crédito ou cheque) ou pelo site www.ingresso.com.br

terça-feira, 15 de julho de 2014

Balanço da Copa no Brasil

Cheguei há poucos dias de uma viagem curta, onde passei por Estados Unidos, Inglaterra, Escócia, País de Gales e pelas duas Irlandas (inclusive, fiquei apaixonado pela cordialidade e simpatia dos irlandeses) e tive a oportunidade de ver como o mundial de futebol da FIFA, realizado no nosso país estava sendo recebido naqueles lugares. Foi muito legal ver lá fora, que tudo estava saindo com muita eficiência e que deu muito certo!
Mas, antes disso, tenho que lembrar do bordão "não vai ter Copa", divulgado por milhares de pessoas nas redes sociais e o pessimismo característico do "complexo de vira-latas" que tem uma parcela da nossa população, que quase me fizeram acreditar que este mundial seria boicotado pelos brasileiros. Quase, pois com um pouco de bom senso podíamos perceber que o Brasil tem condições, hoje, de protagonizar um grande evento, independente da dimensão que ele tenha.
Falaram de infra estrutura, da ineficiência dos nossos aeroportos, da segurança, de problemas nas telecomunicações, entre tantas outras coisas. O ódio a um partido ou a um governo fez muitas pessoas desacreditarem na nossa real capacidade, já que somos um dos países de maior relevância econômica no mundo, com uma população extremamente afetiva e empreendedores extremamente competitivos, em vários setores.
E, por conta deste negativismo pré-Copa (culpa, em parte, da desinformação da nossa classe média e de uma mídia golpista), não pudemos aproveitar na totalidade este evento realizado aqui no Brasil.
Quando nos demos conta, os estádios estavam maravilhosos (os problemas que ocorreram com filas extensas e falta de produtos nas lanchonetes devem ser contabilizados na conta da organização, que é exclusiva da FIFA), os aeroportos e estradas comportaram o grande fluxo de pessoas se movimentando pelo país (mais de um milhão de turistas, onde seiscentos mil estavam no Brasil pela primeira vez), bares, lojas, restaurantes, hotéis, entre tantos, aumentaram o seu lucro, os jogos foram de alto nível (o bordão "Copa das Copas" era utilizado até em outros países), os estrangeiros (inclusive os jogadores) se encantaram com o nosso país e com o que foi apresentado (os alemães elogiaram até a nossa cerveja, rsrsrs), o acesso aos estádios foi tranquilo, etc, etc, etc...
Então, vejo o quanto podíamos ter capitalizado (odeio esta palavra, mas não consegui pensar em outra) com este mundial. Quanto deixou de ser investido em propaganda no exterior por conta desta imagem que foi criada de "uma população que não queria o evento"? Quantas pessoas ficaram reticentes em vir para o Brasil, ou que não estenderam as suas passagens por mais algumas semanas com medo do "país violento, desorganizado e arredio" que foi criado e divulgado em vários posts das redes sociais? Coloquem tudo isso na forma de cifrões, de empregos e de benefícios que poderiam ter sido incorporados por conta deste evento.
Lucramos, em vários sentidos, mas poderíamos ter aproveitado mais. Tanto que muitos países (inclusive, aqueles do chamado "Primeiro Mundo") brigam por sediar a Copa do Mundo de Futebol. Até o poderoso Putin, esteve hoje com a nossa presidente, pedindo dicas de organização deste mundial para aproveitar o modelo usado aqui no Brasil, lá na Rússia em 2018.
Somos uma potência sim. Com muitos problemas graves, principalmente na área social, que devem ser resolvidos com urgência. Mas, não somos mais aquela nação desconhecida, exótica e sem futuro, que ainda existe na cabeça de muitos desinformados que enchem as redes sociais de informações falsas e preconceituosas.
Ah, e teve Copa. E ela foi um sucesso. Elogios ao povo brasileiro (não aquele que esteve nos estádios xingando políticos e fazendo chacota com o nosso país), ao governo (em todos os níveis) e aos estrangeiros que estiveram aqui, compartilhando tudo isso de coração aberto.
E não vi sequer a integridade da imprensa, que deveria fazer a sua "mea culpa". Pelo contrário, depois do sucesso tentaram capitalizar com ele (agora sim, este termo fica bem empregado).
E salve, mais uma vez, as redes sociais, onde podemos ver abertamente o pensamento de muitos dos nossos amigos e das pessoas que convivemos no cotidiano. Nada mais democrático que isso. Mesmo quando inverdades são publicadas e contestadas.
Vida eterna ao livre pensamento e a contraposição de ideias...
E que venham as Olimpíadas (ou será também que "não vai ter Olimpíadas", rsrs...)