Via Franca

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os Ignorantes


Está em cartaz no Teatro Bradesco, no Shopping Bourbon, na Pompéia, a peça "Os Ignorantes" com Pedro Cardoso (o Agostinho da "Grande família"),nos dias 29, 30 e 31 de janeiro (sexta e sábado às 21h e domingo às 20h).
"Os Ignorantes" conta a história de José de Oliveira que, sobrevivente de uma bala perdida quando menino, na vida adulta escreve um poema de cordel sobre “a ignorância que toda pessoa tem de si mesma”.
“Nós sofre, coitados, da redundância
De si ignorá e não admiti
Que todos nós vive na ignorância.”
Para Pedro Cardoso a bala não é perdida, ela traz uma história, que é contada na peça - a trajetória da bala, assim como dos personagens envolvidos, é apresentada de trás para frente, até o momento em que se chega ao menino José. O destino do adulto José de Oliveira é determinado por uma sucessão de ações de vários personagens desde a “bala perdida” que o atingiu na infância. Estes personagens, aparentemente sem relação alguma entre si, não têm consciência sobre sua interferência no destino de José.
“O importante é lembrar que a violência nasce muito antes de chegar até nós. Muitos acordam para a questão só a partir do momento em que são abordados por um menino no sinal. Não dá para pensar que a violência começa aí. E também não dá para negar que a má formação de renda é a responsável por isso. Na verdade, tento mostrar que todos têm agressividade e instinto de sobrevivência. E o ser humano é quem gera essas estruturas sociais responsáveis pela violência. Falo sobre isso tudo porque qualquer teatro tem de abordar a sua época.”, afirma Pedro.
“Embora é em nós que tudo se passa
Nós mesmos se perde ao nos percebê
Pois nunca atinamo o que nos devassa
Tão perto e tão longe de enlouquecer.”
Não espere uma peça "politicamente correta", pois o ator/autor abusa de situações constrangedoras. Além disso, diverte muito o público com muitas improvisações (a duração deveria ser de 1h30 minutos, mas no dia que eu a assisti, durou mais de 2 horas).
Ele está acompanhado de cinco músicos e também trabalha com uma gama variada de conhecidas composições.
Também conta com um cenário bem interessante, que mescla fotos das personagens e projeções de desenhos que remontam as cenas.
Vale a pena conferir, mas lembre-se que a recomendação é para maiores de 14 anos.


Serviço:
Os Ignorantes, Com Pedro Cardoso
Teatro Bradesco
Bourbon Shopping São Paulo
Rua Turiassú, 2100 - 3° piso
Fone: (11) 3670-4100
De R$ 60,00 a R$ 80,00

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Obelisco do Parque Ibirapuera


Muitas pessoas já passaram pela região do Parque do Ibirapuera e ficaram impressionadas com a altura e a riqueza de detalhes do obelisco que se encontra no local.
Só que poucos sabem que, na realidade, ele é um monumento funerário, erguido em homenagem aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932.
Ali estão enterrados os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC) e de mais 713 ex-combatentes.
O obelisco, feito em puro mármore travertino, foi inaugurado em 9 de julho de 1955, um ano após a inauguração do Parque do Ibirapuera, projeto do escultor Galileo Emendabili.
Conta com algumas inscrições, entre elas um poema feito por Guilherme de Almeida: "aos épicos de julho de 32, que, fiéis cumpridores da sagrada promessa feita a seus maiores - os que moveram as terras e as gentes por sua força e fé - na lei puseram sua força e em São Paulo sua Fé".
Conseqüência de uma iniciativa de civismo e de justiça concretizada pela força de vontade dos que vêem na figura de seus heróis um simbolismo da fé e da grandeza de nossa terra, o Monumento Mausoléu aos heróis de 1932, ergue-se no Ibirapuera, como um marco das lutas e vitórias de um povo forte, bravo e idealista.
Possui rica simbologia: nove são os degraus que conduzem à cripta do Monumento; a altura do Obelisco da base até o topo é de 72 metros (7+2 =9) e da cripta até o topo a distância é de 81 metros (8+1=9, além do que 81 é o quadrado de 9).
Se fizermos à soma aritmética desses valores (72 e 81) teremos 7+2+8+1=18 (1+8=9).
A base maior do trapézio, no chão, para quem olha o monumento de frente, tem 9 metros, a base menor, em cima, tem sete metros. A largura da cripta, embaixo, tem 32 metros. Assim, quem olha de frente o perfil da planta observa os números 32 - 9 - 7, que lembram o ano, o dia e o mês da Revolução de Nove de julho de 1932.
A simbologia do monumento também está presente no desenho do gramado ao redor do Obelisco, que possui área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está enfincada a espada (símbolo do obelisco) que sagrou a vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas
Cada face do Monumento está orientada para os quatro pontos cardeais e cada uma delas com suas respectivas esculturas em alto relevo, representa 100 anos da história de São Paulo.
À base do monumento, junto à entrada da capela e da cripta, voltadas ao Parque do Ibirapuera, há outra inscrição de Guilherme de Almeida.
"Viveram pouco para morrer bem
morreram jovens para viver sempre."
Algumas vezes a cripta é aberta para visitação, em datas especias.

Obelisco do Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral – Moema – São Paulo

Comedoria do Sesc Avenida Paulista


Com vista privilegiada para a Avenida Paulista, a lanchonete deste Sesc está em um terraço com mesas ao ar livre e também dentro do salão. O cardápio simples inclui cafés, capuccinos, caldos, salgados e doces. Esporadicamente, o menu é incrementado com comidas típicas, como de festas juninas.
No local é possível acessar a internet, através do seu notebook, ou então ler jornais e revistas, que ficam a disposição dos frequentadores.
Há muita gente descolada e interessante.
Muitas pessoas gostam de ir até lá para contemplar o pôr-do-sol. Inclusive, há no local uma tabela com horários diários do momento em que o Sol se põe.
É óbvio, que na maioria dos dias fica muito difícil observar com céu limpo, esse espetáculo diário da natureza, mas mesmo assim vale ficar olhando, entre os prédios, o avermelhado do horizonte, produzido pelos últimos raios solares.
Em algumas quintas e sextas-feiras, acontecem também algumas apresentações musicais, no final da tarde, com destaque para o jazz e MPB.
Para chegar, basta descer na estação Brigadeiro, do Metrô, caminhar alguns metros até a unidade do Sesc da Avenida Paulista (nº 119) e subir de elevador até o 14º andar. Suba mais dois lances de escada e já poderá usufruir de uma das mais interessantes vistas da Paulista.
Vale a pena conferir!

Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista (Comedoria - 15º andar)
Av. Paulista, 119 - Bela Vista - Centro. Telefone: 3179-3700.
Preço: grátis.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O universo de Humberto Teixeira


Estréia amanhã (dia 15/01) o documentário "O Homem Que Engarrafava Nuvens", sobre a vida e obra do poeta cearense Humberto Teixeira (1915-1979), um dos mais célebres divulgadores do baião. Parceiro e letrista dos maiores sucessos do "rei do baião", Luiz Gonzaga, Teixeira nunca reinvindicou para si a mesma notoriedade e popularidade que gozou o ilustre compositor nordestino (para o pernambucano Otto, ele era a pólvora e Luiz Gonzaga, o canhão).
Compôs vários sucessos desse gênero musical, como "Asa Branca", "Assum Preto", "Baião", "Kalu", "Paraíba", "Respeita Januário", "Qui Nem Jiló", entre tantos outros.
Ele sempre defendeu que o "Baião pode ser o elo perdido entre o samba-canção e a bossa nova".
O documentário tem 106 minutos e foi dirigido por Lírio Ferreira (Baile Perfumado e Cartola) e conta com a participação da filha do poeta, a atriz Denise Dumont (produtora e principal "consultora" do filme), do músico norte americano David Byrne, que canta Asa Branca em inglês, paramentado de vaqueiro nordestino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal, Bethânia, entre outros.
Muito bem recebido pela crítica (teve um ótimo como avaliação, em vários jornais), "O Homem Que Engarrafava Nuvens" já vale ser visto como um resgate à memória do grande Humberto Teixeira.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Banespão


Em primeiro lugar, desejo a todos os meus amigos e amigas, um 2010 mágico, cheio de luz, paz, saúde e muita diversão.
Prometo colocar o blog para funcionar, de fato, nesse ano.
Como primeiro artigo de 2010, vale uma dica sobre um edifício que muita gente já viu ao andar pelo centro de São Paulo, muitos o conhecem pelo nome de um antigo banco que era seu proprietário, mas poucos sabem que ele está aberto à visitação, sendo um dos melhores mirantes da cidade de São Paulo, com visão de 360º.
O edifício em questão é o Altino Arantes, mais conhecido por Banespão, que hoje pertence ao Banco Santander.
Símbolo da era progressista que atraiu milhares de imigrantes e migrantes para a cidade, o Edifício Altino Arantes - nome que recebeu na década de 80 e mantém até hoje -, conhecido como Prédio do Banespa, é uma atração imperdível para quem procura descobrir as proezas de São Paulo.
Construído a partir de 1939, está localizado no coração da cidade, próximo às ruas que no passado formavam o centro bancário do município: São Bento, XV de Novembro e Direita. Escolhido para sediar o Banco do Estado de São Paulo, o prédio demorou oito anos para ser finalizado. Foi Ademar de Barros, como governador eleito, que em 27 de junho de 1947 celebrou sua inauguração.
Situado no ponto alto do centro velho, a inspiração da arquitetura veio do famoso Empire State Building, em Nova York. Com 161,22 metros de altura, seus 35 andares, 14elevadores, 900 degraus e 1.119 janelas, foi considerado nos anos 40 a maior construção de concreto armado do mundo. Por quase 20 anos foi o mais alto da cidade, identificado facilmente pelo seu logotipo luminoso. Mas o que garante ainda mais o seu sucesso é a torre. Sua altitude proporciona perspectivas impressionantes. Do alto do mirante, o raio de visão é de 360º e atinge 40 Km. De lá é possível ver a Serra do Mar, o Pico do Jaraguá, os prédios da Avenida Paulista e as principais construções do centro. O lugar é visitado mensalmente por cerca de 5 mil pessoas. O fascínio já começa pelo saguão, com o belíssimo lustre de cristal nacional em estilo decô-eclético, com 13 metros de altura, 10 mil peças de cristal e 1,5 tonelada, feito no formato do edifício.
O prédio foi privatizado em 2000 pelo grupo Santander-Banespa. A partir daí passou a abrigar um museu onde estão reunidos mais de 2 mil objetos que fazem parte da história de quase 100 anos de existência iniciados com cultura cafeeira do Brasil e que originou ali o Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo.

Serviço:
Banespão (Edifício Altino Arantes)
Rua João Brícola, 24 - Centro - São Paulo (Metrô São Bento)
Tel.: (11) 3249-7180
E-mail: museusantander@santander.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Horário: De segunda a sexta, das 10h às 17h
Grátis (menores de 18 anos só podem subir ao mirante, acompanhados de um responsável)