Via Franca

Via Franca

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Roteiro de estudo e observação da Caverna do Diabo do Colégio Mater Amabilis


A Caverna do Diabo (ou Gruta da Tapagem) está localizada no município de Eldorado (SP) distante 311 km do Colégio Mater Amabilis, em Guarulhos.
Eldorado é um dos municípios do Vale do Ribeira, uma das regiões de maior preservação natural do nosso estado, mas em contrapartida uma das mais carentes de recursos econômicos e sociais. Os seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano inferior à média do estado de São Paulo.
Cortada pela bacia hidrográfica do Rio Ribeira do Iguape, apresenta um longo trecho de preservação de Mata Atlântica (cujo nome é Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana), principalmente pela presença de importantes parques estaduais que atuam contra a destruição deste importante bioma. Cerca de 20% deste tipo de vegetação que ainda resiste no nosso país está nesta região (lembre-se que muitos estudiosos colocam que só restam 7% de Mata Atlântica no Brasil).
Um destes parques é o Parque Estadual da Caverna do Diabo com mais de 40.000 hectares de extensão, que junto com outras 13 unidades, constitui o Mosaico de Conservação do Jacupiranga, responsável pela proteção de diversas espécies de flora e fauna, ameaçadas de extinção, entre elas a onça-pintada.
O Vale do Ribeira também é conhecido pela grande quantidade de cavernas (só em outro parque, o PETAR, tem mais de 300 delas) e também pela presença de comunidades quilombolas. O que você sabe sobre o período de escravidão na história brasileira? Por que muitos escravos foram para o Vale do Ribeira? Qual é a importância da preservação da sua cultura e dos seus costumes?
Nós vamos sair da maior região metropolitana do Brasil (a Grande São Paulo, onde se localiza o município de Guarulhos) e atravessar trechos de estrada (a principal delas é a Rodovia Régis Bitencourt ou BR 116) com poucas cidades pelo caminho, até chegar em uma região de baixíssima densidade populacional. O Vale do Ribeira possui a menor média de habitantes por quilômetro quadrado do estado de São Paulo. Inclusive, tem cidades pequenas em municípios muito grandes (procure saber a diferença entre cidade e município).
Nesta observação do caminho entre Guarulhos e Eldorado procure identificar a mudança da paisagem de uma grande cidade (paisagem social) para uma paisagem com predominância de elementos naturais.
Identifique também o tipo de agricultura mais comum na região que vamos visitar. Qual é produto agrícola (o cultivo de uma fruta muito conhecida e saboreada por nós) que aparece mais no lugar que estamos visitando? Por que predomina este tipo de cultivo? Quais as características do clima da região que o favorece?
Também já foi citado que vamos encontrar uma grande área de preservação natural. Por que no Vale do Ribeira há uma preservação muito maior da floresta se comparado a outras áreas do estado de São Paulo? Mesmo com a presença das unidades de conservação há riscos para a vegetação? Quais são os principais problemas enfrentados pelas comunidades e pelos ambientes naturais do vale?
Chegando no parque, você vai notar que estamos no meio de uma grande área de conservação. Você conseguiria listar a importância dela para o nosso país? Entrando na trilha você notou diferenças de temperatura e umidade em relação ao lugar que moramos? Que planta chamou mais a sua atenção? Por quê?
Os monitores/guias do parque que nos acompanharão dentro da caverna são todos criados e vivem na região do Vale do Ribeira. A maneira de falar, as expressões usadas e até o seu sotaque são diferentes daquele que encontramos no lugar que vivemos. Há uma beleza nesse jeito diferente de se referir às coisas que vamos ver. Eles nos cativam pela sua simplicidade e sabedoria. Inclusive, boa parte do que vamos aprender sobre a caverna e também sobre a região vem do seu conhecimento. Que tipos de expressões usadas e faladas por eles te chamaram mais a atenção? Que exemplos você tem de diferentes sotaques no nosso país?
A Caverna do Diabo possui mais de 8.000 metros de extensão e é considerada a maior do estado de São Paulo. Nós, turistas e estudantes, podemos conhecer um pouco mais de 600 metros dela, mas mesmo assim ficamos deslumbrados com a beleza dos seus salões (que parecem mais igrejas barrocas) e com a incrível forma dos seus espeleotemas.
Dentro dela, procure explicar porque muitas colunas (um tipo bem comum de espeleotema) estão desniveladas, como foram formadas as estalactites e estalagmites, que alterações foram provocadas pelos seres humanos no seu interior e se há exemplos de depredação nas suas formações.
Compare também com alguma caverna que você já conheceu (pode ser até aquela com “água quentinha” no Sítio do Carroção, rsrs). Explique que sensações você teve ao adentrar as suas galerias. Sentiu calor, frio, medo? Lá dentro teve algum cheiro que te chamou a atenção? Que diferenças você percebeu nos três níveis (ou zonas) da caverna? Viu algum animal (inseto ou mamífero) no interior dela? Qual formação te chamou mais a atenção? Você acha que a caverna tem formação recente ou é bem antiga, geologicamente? Por quê?
Nesta visita podemos entender também a diferença entre os processos de erosão e intemperismo. Você consegue diferenciá-los?
De fato, é uma atividade única e muito rica em sensações e conhecimento. Com certeza, após adentrar um ambiente cavernícola, você vai voltar com outra visão à respeito da importância da preservação ambiental e do nosso cotidiano, em uma cidade grande cercada de tecnologia e até mesmo conforto. Mas, apesar de tudo isso que temos no nosso dia-a-dia, ainda podemos verificar que a qualidade de vida não pode ser medida por estes itens, mas também devemos agregar condições melhores de meio ambiente (ar, água e vegetação) para conseguirmos chegar a um nível satisfatório de vida. Como espaços naturais são cada vez menores no lugar que moramos, devemos preservar o que ainda resta e tentar recuperar parte do já foi destruído. E também manter aqueles “paraísos naturais” como a Caverna do Diabo, da maneira que os encontramos.
Para finalizar, conte ao seu professor e a outras pessoas também, qual foi a lenda que mais te chamou a atenção sobre a Caverna do Diabo ou sobre a origem do seu nome.
E, se a visita foi uma experiência positiva, vá além, procure conhecer outras grutas do Vale do Ribeira e de outros estados (Bahia, Goiás e Minas Gerais tem cavernas lindíssimas também) ou então aguarde o oitavo ano, pois iremos passar três dias visitando o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR).

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Caverna do Diabo com os alunos do Colégio Mater Amabilis


Mais uma vez, os alunos do Colégio Mater Amabilis vão conhecer a Caverna do Diabo.
Apesar do nome assustador que muitos moradores da região do Vale do Ribeira deram à Gruta da Tapagem, este estudo motiva boas discussões a respeito da importância da preservação deste importante patrimônio natural do nosso estado. Não só as belas formações espeleológicas podem ser observadas e estudadas. Debateremos também a importância econômica e social deste espaço para a economia local, não só pela manutenção de uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservadas do estado de São Paulo, como também de uma fonte vital de renda para uma população que descende de importantes núcleos de quilombolas. Inclusive, o contato dos alunos com a cultura e o modo de se expressar dos habitantes  do "vale", através da conversa com os guias do parque, quebram muitas barreiras e até alguns preconceitos, mostrando o quanto o nosso país traz uma riqueza de dialetos e expressões, que só uma visita a diferentes lugares podem nos mostrar.
Um tênis confortável (com solado antiderrapante), calça comprida daquela de agasalho de moleton ou tactel, camiseta com manga (não pode ser regata), boné, um bom repelente, capa de chuva, garrafinha de água e muita disposição são itens indispensáveis para o evento.
A previsão do tempo nos é favorável (dá uma conferida lá, no site do inpe/cptec  www.cptec.inpe.br/cidades/tempo/1863), pois coloca temperaturas oscilando entre 10ºC e 26ºC com quase nenhuma possibilidade de chuva (por precaução sempre é bom levar a sua capa de chuva). Apesar do nosso grupo chegar na região no final da manhã (já vamos pegar o dia mais bem quente que os 10ºC de mínima prevista) vale a pena levar um agasalho, pois sempre esfria um pouco no nosso retorno para casa.
Estalactites, estalagmites, helictites, travertinos, cortinas, entre outros espeleotemas conduzirão o nosso olhar para a apreciação de belas obras naturais...
Algum dinheiro também é importante, pois as despesas em restaurantes de estrada não estão incluídas no pacote.
Até sábado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

"Nosferatu" no Cemitério do Araçá


A Cia. Teatral do Subsolo fez uma montagem de uma peça teatral baseada no filme "Nosferatu", clássico do cinema expressionista alemão do diretor Friedrich Wilhelm Murnau, de 1922, no Cemitério da Consolação (localizado na Av. Dr. Arnaldo, no sugestivo número 666).
Será encenada em todos os sábados do mês de agosto, com entradas gratuitas, mas para apenas 50 pessoas.
A adaptação do filme do famoso vampiro, conde Orlok, que se apaixona por uma singela moça de um pequeno vilarejo usa a estética expressionista alemã e o horror como base para o desenvolvimento da trama.
Vale a pena dar uma conferida e curtir um clássico adaptado para um "palco" no mínimo insólito...
Começa sempre às 20h (tem 60 minutos de duração) e os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência (mas, infelizmente a fila já está bem grande, muito antes disso).
A indicação é para maiores de 14 anos.
Mais informações com ciateatraldosubsolo@gmail.com