Via Franca

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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Vinho em lata


Ontem experimentei pela primeira vez um vinho envasado em uma latinha de alumínio.
Confesso que o comprei mais por curiosidade mesmo, sem saber que na Austrália e nos Estados Unidos (onde o comprei, no Albertsons de Lafayette) é algo bem comum. Ao ler algumas postagens, depois, vi que até aqui no Brasil tem variações de frisantes, também enlatadas.
Abri sem preconceito algum este Pinot Grigio (que é uma uva que gosto muito) da vinícola Dark Horse, de Modesto, cidade da região central da Califórnia e terra natal dos lendários Mark Spitz e George Lucas.
Vou ser bem direto: gostei.
A latinha deixou ele gelado na medida certa e por ser um vinho de guarda jovem (este era de 2017) manteve o aroma e o paladar que eu esperava da uva (sou um leigo no assunto, ms tenho uma boa memória para brancos). Recomendo, mesmo sabendo que será difícil algum enólogo concordar comigo.
Inclusive, sei do glamour que gira em torno da abertura de uma garrafa (escrevi "garrafa") de vinho, da solenidade da retirada da rolha (sim, eu também guardo algumas rolhas de momentos mais especiais) e de ficar apreciando a beleza artística de alguns rótulos... Mas, sou do tipo que gosta de simplificar muitas coisas e vi na latinha uma possibilidade de consumir a minha bebida favorita de maneira mais prática. Todos sabem o trabalho de levar uma garrafa de vinho na praia, baladas, em algum piquenique, etc e tal. Por isso, em muitos destes lugares, preferimos a praticidade da cerveja que cabe em qualquer cooler ou isopor com gelo...
outro destacariam a questão da necessidade da passagem pelo barril de madeira. Lembro que nem todo vinho passa pelo carvalho... E já provei alguns muito saborosos, como este branco que me motivou a escrever.
Claro que em uma comemoração ou num jantar romântico, vale o ritual da rolha e da garrafa (xiii, algumas não tem mais rolha, lembram, rsrs)...
Se puder, experimentem, mas tem que ser um bom vinho, pois assim a latinha influenciará muito pouco na sua satisfação de degustá-lo.
E, ao levá-lo a um restaurante, nem justificaria a cobrança da "rolha" (putz, acabei de escrever e já me arrependi da piadinha infame, rsrs).
E para quem não conhece, faça uma experiência com esta uva, a Pinot Grigio (ou nos vinhos franceses Pinot Gris) que no cacho tem uma cor acinzentada daí o "gris" do nome e varia um pouco de acordo com a sua procedência (as cepas francesas são mais frutadas) mas com um cítrico muito gostoso. O  que abri ontem, tinha notas de maçã e limão (descrição na própria latinha, rsrs) e 13,5% de álcool e era bem refrescante e saboroso.
Fica a dica para algumas vinícolas brasileiras ousarem e investirem no envasamento de vinho em latinhas.


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