Via Franca

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domingo, 24 de fevereiro de 2019

Longevidade


Dias atrás, estava na sala de espera de um consultório médico, conversa vem, conversa vai e entramos no assunto da vida saudável como garantia de longevidade.
Como acabei de passar em um cardiologista que fez uma checagem geral dos meus índices de resistência e saúde, eu tinha uma boa ideia do que precisava e daquilo que estava em desequilíbrio. Para não fugir da regra, os valores do colesterol e triglicérides estavam altos e algumas vitaminas em defasagem.
Daí, a necessidade de cortar alguns deleites gastronômicos, moderar outros tantos e acrescentar alguns itens na minha dieta, além de um coquetel de medicamentos e suplementos, nada que não seria esperado de uma vida desregrada e que uma idade mais avançada já anunciariam.
Mas, como sempre, usei o exemplo do meu pai, seu Cid, que abusa das frituras, praticamente não come legumes ou verduras, ainda toma a sua cachacinha e curte uma carne vermelha bem gordurosa... E tem 82 anos bem vividos e gozados com muita saúde (ainda hoje dirige o seu possante, faz trabalhos manuais mais complexos e praticamente não precisa ir ao médico)...
Repeti a idade dele, em alto e bom som, de maneira bem pausada: OI-TEN-TA E DOIS anos.
Foi daí, que um jovem senhor que nem estava na conversa e, pelo semblante de preocupação, tinha um bom motivo para estar ali, aguardando a sua consulta clínica, disse de maneira bem direta e fulminante:
- Então, se ele tivesse uma preocupação maior com a comida, poderia ter cem anos!!!!
Não é que demorei um momento para raciocinar!!!! De repente...
Vai entender a lógica...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Encontro Lapidar - Bhakti & Volta na Ecovila Govardhan


Neste domingo, dia 24 de fevereiro, a partir das 11h a Ecovila Govardhan, que fica em Santa Isabel espera devotos e não devotos para um encontro especial com um dia regado a Bhakti Yoga. Será o primeiro grupo Lapidar a visitar a Casa do Lapidar.
Uma van sairá do templo de São Paulo às 8h30, disponibilizando transporte no valor de R$ 35,00 por pessoa, ida e volta.
A programação será a seguinte:
- 11h - Aula e Yoga com Shyamala Devi, formada em Hatha Vinyasa Yoga
- 12h30 - Lapidar com os facilitadores Shyamala Devi e Caitanya Mangala Das.
- 13h - Almoço vegano no Restaurante Hari Om.
- 15h - Bhajana (canto de mantras).
- 16h - palestra com Chandramukha Swami.
- 17h - Kirtan e dança circular.
- 18h - Encerramento com lanche vegano no Restaurante Hari Om.
O valor para a programação e alimentação (sem transporte) é R$ 50,00.
Mais informações sobre a participação e transporte no fone (11) 97279-7745.
A Ecovila Govardhan fica na Estrada Monte Negro Km 9,6 em Santa Isabel (SP), bem próximo a Guarulhos, Arujá e São Paulo (com via asfaltada em todo o percurso).
Ontem fomos conhecer o local (ativo há nove meses) e saímos encantados... Vale uma visita!!!!


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Seminário "Questão indígena, os museus e a escola"


Participei na sexta-feira e no sábado do seminário "Questão indígena, os museus e a escola" que aconteceu no Instituto Moreira Salles (IMS) da Paulista e no Memorial da Resistência. Foi organizado pelas duas instituições mais o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP.
Além de professores/educadores estavam presentes representantes do educativo dos três museus, os seus respectivos coordenadores, alguns interessados leigos, entre outros. A grande maioria dos presentes eram da escola pública (principalmente da rede municipal de São Paulo).
Foi instigante, estimulante e altamente provocativo, além de mostrar informações atualizadas sobre os rumos da questão indígena no nosso país. Para mim, foi um "soco no peito" bem dado, daqueles que te deixam sem ar por alguns momentos... Mostrou o quanto a nossa população (me incluo neste universo) é desinformada e negligente sobre a atual situação dos povos indígenas no Brasil. E também quanto a escola é omissa no trato dela. Mesmo com a obrigatoriedade imposta pela lei 11.645 (que está ameaçada pelo atual Ministério da Educação) os docentes e seus pupilos ainda sonegam o tempo necessário para discutir as questões mais relevantes dos índios remanescentes no nosso país. Inclusive, com conteúdos ainda baseados numa visão colonialista e distorcida sobre os habitantes originais de Pindorama. Alei, muito discutida nas várias rodas de conversa, descumprida pela maioria das instituições escolares ainda traz uma brecha de não obrigatoriedade das informações e trabalho (com disciplinas específicas) nas faculdades e universidades de licenciatura espalhadas pelo país, que teoricamente são formadoras de futuros professores.
Eu vou escrever e publicar neste blog, uma postagem específica sobre cada um dos momentos este evento, mas consigo fazer agora um resumão sobre as suas atividades.

Na parte da manhã do primeiro dia, o debate foi com o curador da exposição sobre o povo Yanomâmi no IMS, Thyago Nogueira, que passou uma breve descrição da fotógrafa e ativista Cláudia Andujar (ou Cláudia Yanomâmi, como ela gosta de assinar), destacando a sua trajetória de vida, que passou pelos horrores da perda família paterna (e do prórpio pai, judeu) nos campos de extermínio nazistas. E como culminou com o ativismo e documentação dos Yanomâmis... Depois, veio a fala do genial e muito lúcido Ailton Krenak, que deleitou a plateia com o seu conhecimento acadêmico e prático sobre a questão indígena. Discutiu muito os esteriótipos, a perseguição histórica aos povos nativos pelo colonialismo (ressaltando que acontece até hoje) e especificou como a escola pode ser aliada no combate a eles... Temas atuais como o rompimento das barragens de rejeitos de mineração, do avanço do agronegócio e mineradoras sobre terras e reservas indígenas, a decadência da qualidade de vida destes povos, a perseguição política a líderes e ativistas e até a prática de extermínio (genocídio mesmo) de séculos também vieram à tona neste debate. Saí de lá, extasiado e ao mesmo tempo muito incomodado.

À tarde, foi feita uma visita guiada à exposição da Cláudia Andujar (7º e 8º andares do MIS) com a equipe do educativo do museu, com um longo bate-papo e reflexões com o grupo de educadores e coordenadores do local. Como eu já conhecia o trabalho dela (há uma galeria inteira no Museu do Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais) não tive o mesmo impacto que alguns presentes que estavam em contato com a obra pela primeira vez. Mas, como sempre saí com uma mistura de encantamento e aflição... Valeu muito para complementar o que foi discutido na parte da manhã.
No sábado, segundo dia do encontro, nos reunimos no Memorial da Resistência, bairro da Luz. 
Local emblemático que guarda uma memória obscura dos períodos de atuação do famigerado Deops no país. Já fomos recebidos por vídeos de rituais e músicas dos Tupinambás e pela maravilhosa música cantada por vários artistas (indígenas e não-indígenas) que lembra a importância da demarcação das terras ("Demarcação Já).

Como no dia anterior, a parte da manhã foi com uma mesa redonda que contou com a presença das coordenadoras do MAE (Marília Xavier Cury) e do MR (Marília Bonas), além de lideres dos Kaingangs do oeste paulista, a pajé Dirce Jorge Lipu Pereira e Susilene Elias de Melo, mais o brilhante Casé Angatu Xukuru Tupinambá, de Olivença (BA).
Já escrevi no início que farei publicações individuais de cada da deste evento, mas vale resumir o que foi debatido. A questão central foi a violência do processo de apagamento da herança indígena, que é histórica, mas que ainda continua intensa no século XXI. Muitas palavras contra a força da Bíblia (imposição cultural) e da bala (violência física) contra as diferentes comunidades, próximas à cidade ou "protegidas" por áreas mais isoladas (as aspas são necessárias). Foram listadas dificuldades de fixação nas suas terras originais e na continuidade da sua cultura e costumes, além da ameaça de morte (muitas consumadas) contra os seus principais líderes. Momento intenso, de muita reflexão e revolta contra a omissão e descaso de todos nó brasileiros.

Depois do almoço, fomos visitar a exposição "Ser essa terra: São Paulo cidade indígena", no 3º andar do memorial, com os seus curadores Daniel Kairoz e Marília Bonas nos ciceroneando... Como o próprio nome já diz, retrata a presença histórica e atual de povos indígenas na cidade de São Paulo e arredores. Após a visita, um dos educadores do MAE-USP, Maurício André da Silva fez uma roda de conversa sobre a exposição de março também de temática indígena de grupos do meio oeste paulista (no caso Kaingang, Terena e Guarani Nhandewa) intitulada "Resistência Já! Fortalecimento das culturas indígenas".
Os dois dias me trouxeram muita reflexão e criaram um sentimento de inatividade, quebrado pela necessidade de ação. Com certeza, levarei estas discussões adiante e espero atuar mais positivamente nesta causa que acredito muito e julgo fundamental para a continuidade da história brasileira como nação soberana...
Como disse o Casé Angatu,: "Dizem que no Brasil todo mundo tem sangue de índio. Só que em alguns correndo pelas veias; em outros nas mãos"... A nossa omissão também corrobora com este extermínio.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Coral Paulistano canta a Renascença


O Coral Paulistano criado em 1936 por iniciativa escritor Mário de Andrade é um dos corpos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo e desde o princípio sempre teve como objetivo priorizar compositores brasileiros no seu repertório, mostrando à cidade de São Paulo o movimento nacionalista que surgiu na música brasileira desde a Semana de Arte Moderna (1922) ocorrida nos palcos do próprio Municipal.
Ativo desde então, ele volta a se apresentar na quinta-feira, dia 21 de fevereiro, às 20h, na Sala de Conservatório da Praça das Artes com um repertório de música renascentista.
O programa inclui Orlando Gibbons (The Silver Swan), John Dowland (várias), Thomas Morley (Fire Fire My Heart), Francis Pilkington (Rest Sweet Nimphes), Thomas Morley (April is in my Mistress' Face), John Wilbye (Thus saith my cloris bright), John Ward (Weepe forth your tears and doe lament), Cancioneiro de Medinacelin (Corten espadas afiladas) e Mateo Flecha (La Bomba).
Dura aproximadamente 60 minutos e será na Praça das Artes (não é no Municipal, fica próximo dele). O valor do ingresso é R$ 20,00 (com meia entrada a quem tiver este direito) e a classificação etária é livre.
A apresentação terá como regentes Naomi Munakata e Maíra Ferreira, com Delphim Porto no órgão... A nossa amiga Eliane Aquino, maestrina do coral do Mater também é integrante do corpo do coral.
Imperdível...
A sala de Conservatório da Praça das Artes fica na Avenida São João, 281, no centro de São Paulo (próximo à saída do Vale do Anhangabaú do Metrô São Bento).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

The Square Set


Anos antes deste que vos escreve dar as caras no mundo, mais precisamente no final de década de 60, a banda sulafricana "The Square Set" já emplacava alguns hits aqui em Pindorama...
O grande barato é que a pegada psicodélica deles adentrou década de 70, onde pude ter contato em alguns bailinhos com vinis na vitrola organizados pela molecada mais velha lá de Franca... Aquela batida de baixo e bateria, acompanhadas de solos bem característicos do órgão elétrico (hoje a galera chama de teclado, rsrs) é hipnótica... Massa demais.
Era tão louco que na minha ignorância musical eu achava que os caras eram ingleses ou coisa parecida, lá pros lados das terras bretãs da rainha. Mas, como eu escrevi acima eram da África do Sul, velho!!!
Só este fato já bastaria para curtir o som deles, mas a relação com os instrumentos, o jeito despojado de dançar da rapaziada nos bailinhos de garagem, quebrando todo o corpo e mexendo histericamente braços e pernas me enlouquecia. Eu ficava olhando pela fresta do portão, já que os mais velhos não deixavam os pivetes participarem e tentava imitar, depois, em casa.
Era época de outras bandas com som parecido, como a holandesa "Shocking Blue" com o delicioso sucesso "Venus" que no alto dos meus oito anos, me deixou apaixonado pela sua vocalista, a Mariska, cuja única imagem que tinha era em uma capa de LP (sim, naquela época, uma única foto nos aguçava a imaginação e levava à viagens incríveis, rsrs).
A The Square Set teve várias formações (era da Cidade do Cabo) e a regravação que fizeram de "That's What I Want" da banda britânica (da cidade de Liverpool) The Marauders explodiu no mundo todo, inclusive no Brasil, onde eles se orgulhavam e citavam nas publicações a grande execução em terras tupiniquins... O solo de órgão deste sucesso feito pelo Nol Klinkhamer é contagiante e faz o quadril se mexer automaticamente, rsrs...
Inclusive vou colocar uma montagem que vi no Youtube com um vídeo de outro grupo, mas que ficou bem sincronizado... Dá uma conferida e depois procura outros hits deles. E cuidado para não sair requebrando e chacoalhando braços e pernas involuntariamente, rsrs.
Curte aí...



domingo, 10 de fevereiro de 2019

Museu de Arte Contemporânea e Restaurante Vista


O MAC - Museu de Arte Contemporânea de São Paulo funciona em um prédio projetado pelo Oscar Niemeyer ligado ao Parque do Ibirapuera pela famosa passarela (onde funcionou por décadas o Detran).
Tem oito andares, onde seis deles são destinados à exposições temporárias e do seu enorme acervo. Só por este motivo já valeria a visita, pois conta com obras de artistas expressivos como Chagal, Portinari, Tarsila do Amaral, Volpi, Picasso, Di Cavalcanti, entre tantos outros. Mas, também possui uma das vistas mais legais da cidade de São Paulo, com o parque à sua frente e com a possibilidade de ver o por do Sol sobre prédios em um horizonte bem limpo.
Há também no seu oitavo andar um badalado bar, o Obelisco, e um restaurante (o Vista) de alta gastronomia com uma boa carta de drinques.
Na última sexta-feira dei uma passadinha por lá, depois de passar a tarde entre o MAM e as alamedas do Ibirapuera, dando um rolê de bicicleta. Como o MAC fecha somente às 21h, resolvi dar uma estendida no meu dia entre as obras do museu e o êxtase de mais um ocaso colecionado, além das boas sensações de um jantarzinho no restaurante do local.




Como disse o acervo do MAC sempre me impressionou e não entendo como ele está sempre vazio... Curti muito a exposição "Ecos mecânicos: a máquina de escrever e a prática artística", que mostra "como uma espécie de tipografia padrão, no caso a da própria máquina de escrever, funcionou como uma prensa capaz de associar a escrita, a fala e a publicação, além da sonoridade característica de suas teclas que a torna um instrumento musical percussivo" ( trecho retirado do descritivo da mostra) a ponta de seus tipos serem usados na produção de muitas obras, desde a poesia concreta até as mais recentes intervenções usando as já ultrapassadas Remingtons, inclusive na exposição vi que a primeira máquina de escrever foi inventada por um padre paraibano, brasileiro, João Francisco de Azevedo e que foi "apropriada" pelo americano que dá nome à famosa marca... Ela vai até outubro de 2019 e vale muito a pena conferir.

Há outras que também gosto bastante e que sempre que passo pelo museu dou uma nova espiadinha, como as de longa duração que mostram uma parte do seu rico acervo.
Mas, como disse, além deste maravilhoso tour por expressivas obras, há também a possibilidade de concluir o dia em um espaço bem produzido e com boa culinária, tomando um drinque (gosto desta forma) no seu terraço.
Funcionando desde abril do ano passado o Restaurante Vista oferece um cardápio com poucas opções, mas que flana pela culinária regional de várias partes do nosso país... Na minha última visita experimente as crocantes "croquetas de pupunha" com um recheio vegetariano bem cremoso, acompanhadas de um refrescante Aperol Spritz... Depois do por do Sol (que estava deslumbrante) adentrei ao espaço envidraçado onde as refeições são servidas e escolhi uma moqueca capixaba em que camarões e peixe nadavam sobre um molho feito à base de dendê e coentro (não adianta torcer o nariz, pois é o melhor tempero para ensopados de peixes, rsrs), com uma taça de Sauvignon Blanc.
O atendimento da equipe é cordial, mas o local enche muito rapidamente (vale a pena fazer uma reserva), fato que não causa muito estresse, pois a espera pode ser no terraço, com a maravilhosa vista da cidade já mencionada.




O Bar Obelisco, da mesma equipe, que fica ao lado, cobra uma entrada, na forma de couvert artístico, bem salgada (R$50,00) também é uma boa opção para quem não quer fazer a refeição e sempre tem música ao vivo estendendo a balada até altas horas da madrugada.
Prepare o bolso, pois tudo isso tem um preço compatível com a qualidade e exclusividade dos lugares, mas vale a pena uma pequena extravagância em nome das sensações vividas, rsrs...
Um ambiente mais informal (o Vista Café) também funciona até as 18h no mezanino do museu, com a exclusividade de pratos e iguarias com a mesma assinatura do oitavo andar, além de poder levar o seu pet (depois de um passeio pelo Ibirapuera, vale dar uma passadinha por lá).
O complexo museu, bar, restaurante, café fica na avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, bem em frente ao Parque do Ibirapuera. O estacionamento e a entrada são gratuitos. Funciona de terça a domingo das 10h às 21h. O seu telefone é (11) 2648-0254.
O Restaurante Vista fica no oitavo andar e funciona de terça a sábado das 19h à meia-noite e no almoço aos sábados e domingos das 12h às 16h. Reservas nos números (11) 2658-3188 ou (11) 97382-7261 (somente whastapp).
O Bar Obelisco abre de terça à sábado a partir das 18h. O telefone é o mesmo do restaurante.
A estação de Metrô mais próxima é a Ana Rosa, mas precisa de uma boa caminhada para acessá-la (do parque até o metrô é um aclive).










sábado, 9 de fevereiro de 2019

Gentileza é tudo


Cena bem rápida...
Eu estava no ônibus do Metrô Tucuruvi que vem pela Vila Galvão já bem tarde da noite, quando um passageiro dá sinal e o motorista abre a porta para ele, fora do ponto, no semáforo que ainda está vermelho.
Ele desce faceiro e solta um "Brigaduuuu"...
O motorista arranca com o coletivo, olha para o lado e comenta com uma senhora que estava sentada no banco individual, ao lado da entrada, na frente:
- Eu adoro abrir a porta fora do ponto para ele, só para ver me agradecer igual ao Fábio Júnior...
Então, gentileza gera gentileza... Simples assim!!!

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Vinho em lata


Ontem experimentei pela primeira vez um vinho envasado em uma latinha de alumínio.
Confesso que o comprei mais por curiosidade mesmo, sem saber que na Austrália e nos Estados Unidos (onde o comprei, no Albertsons de Lafayette) é algo bem comum. Ao ler algumas postagens, depois, vi que até aqui no Brasil tem variações de frisantes, também enlatadas.
Abri sem preconceito algum este Pinot Grigio (que é uma uva que gosto muito) da vinícola Dark Horse, de Modesto, cidade da região central da Califórnia e terra natal dos lendários Mark Spitz e George Lucas.
Vou ser bem direto: gostei.
A latinha deixou ele gelado na medida certa e por ser um vinho de guarda jovem (este era de 2017) manteve o aroma e o paladar que eu esperava da uva (sou um leigo no assunto, ms tenho uma boa memória para brancos). Recomendo, mesmo sabendo que será difícil algum enólogo concordar comigo.
Inclusive, sei do glamour que gira em torno da abertura de uma garrafa (escrevi "garrafa") de vinho, da solenidade da retirada da rolha (sim, eu também guardo algumas rolhas de momentos mais especiais) e de ficar apreciando a beleza artística de alguns rótulos... Mas, sou do tipo que gosta de simplificar muitas coisas e vi na latinha uma possibilidade de consumir a minha bebida favorita de maneira mais prática. Todos sabem o trabalho de levar uma garrafa de vinho na praia, baladas, em algum piquenique, etc e tal. Por isso, em muitos destes lugares, preferimos a praticidade da cerveja que cabe em qualquer cooler ou isopor com gelo...
outro destacariam a questão da necessidade da passagem pelo barril de madeira. Lembro que nem todo vinho passa pelo carvalho... E já provei alguns muito saborosos, como este branco que me motivou a escrever.
Claro que em uma comemoração ou num jantar romântico, vale o ritual da rolha e da garrafa (xiii, algumas não tem mais rolha, lembram, rsrs)...
Se puder, experimentem, mas tem que ser um bom vinho, pois assim a latinha influenciará muito pouco na sua satisfação de degustá-lo.
E, ao levá-lo a um restaurante, nem justificaria a cobrança da "rolha" (putz, acabei de escrever e já me arrependi da piadinha infame, rsrs).
E para quem não conhece, faça uma experiência com esta uva, a Pinot Grigio (ou nos vinhos franceses Pinot Gris) que no cacho tem uma cor acinzentada daí o "gris" do nome e varia um pouco de acordo com a sua procedência (as cepas francesas são mais frutadas) mas com um cítrico muito gostoso. O  que abri ontem, tinha notas de maçã e limão (descrição na própria latinha, rsrs) e 13,5% de álcool e era bem refrescante e saboroso.
Fica a dica para algumas vinícolas brasileiras ousarem e investirem no envasamento de vinho em latinhas.


sábado, 2 de fevereiro de 2019

Exposição comemora os 50 anos do Metrô SP


O Metrô (oficialmente Companhia do Metropolitano de São Paulo) que todos conhecemos foi fundado há 50 anos atrás, em 24 de abril de 1968, na cidade de São Paulo. De lá para cá, a companhia expandiu-se (poderia ter sido mais, é óbvio) a ponto de possuir cerca de 84 estações e 96 quilômetros de trilhos nas linas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 4-Amarela, 5-Lilás e 15-Prata (apenas as linhas 4 e 5 não são administradas diretamente pelo Metrô) e calcula-se que desde a sua inauguração já foram transportados quase 30 bilhões de passageiros (isso mesmo, mais de 4 vezes a população do planeta).
Indiscutível a sua importância para a região metropolitana de São Paulo... Ágil, eficiente, muito limpo e seguro, mesmo com excesso de passageiros em algumas linhas e horários, o Metrô representa um pouco o estilo de vida paulistano.
Minha primeira viagem no trem que chega ao aeroporto de Guarulhos, ontem...
Mesmo morando em Guarulhos, que não tinha nenhuma estação dele ou de trem até bem pouco tempo atrás, o uso muito quando me desloco para "Sampa City" (inclusive a população que mais usava a rede, depois da capital, não tinha nenhuma estação há um ano atrás). Quando criança, inclusive, era um dos meus passeios favoritos quando vinha de Franca para cá... Embarcava na estação Santana e ia até o Jabaquara, voltando logo em seguida... Maravilhoso.
Lembro-me também dos bilhetes múltiplos, onde comprávamos uma grande quantidade de viagens e recebíamos uma ou duas como recompensa pela fidelização (existiram até os múltiplos de 20 trechos)...
Além da sua função evidente, de transporte rápido e seguro, muitas estações do Metropolitano também apresentam importantes obras de arte; eu, particularmente, gosto das "Quatro Estações" da Tomie Ohtake, que está na Cosnsolação, da exótica ave do Francisco Brennand (Pássaro Rocca), na estação Trianon-Masp e da sugestiva Solaris de Eliana Lindenberg, na estação Pedro II (quando eu morava na Ponte Grande sempre a admirava na Penha, onde originalmente foi colocada).
Há também muitas exposições temporárias, geralmente de desenhos ou fotos, espalhadas pelas diversas estações, como a do amigo Fábio Ávila sobre a conservação de alguns monumentos públicos da cidade de São Paulo, que estava até a semana passada na estação Higienópolis.
Com toda esta história, o Metrô montou uma pequena exposição sobre a sua trajetória, denominada "Estação Memória", na sua mais emblemática e movimentada estação: a Sé.
Lá tem dados, fotos, desenhos, uniformes da equipe de apoio, todos os bilhetes usados pela companhia e muita informação bem interessante sobre a cidade de São Paulo, desde as primeiras operações com os bondes puxados por burros até a expansão atual do Metrô.
Está exposta em um túnel (bem sugestivo isso, pois até hoje muitas pessoas associam este meio de locomoção ao subterrâneo) e termina em uma cabine de operação, onde pode-se tirar fotos como se estivéssemos operando uma composição...
Vale uma passadinha... A exposição fica até outubro de 2020 e funciona de 2ª a 6ª das 9h à 18h, nos fundos do primeiro piso da estação Sé. Grátis, mas como fica dentro da estação, há a necessidade de entrar com o bilhete (R$4,30)...