Via Franca

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domingo, 19 de julho de 2020

Quarentena - 19º dia


Dezenove de abril... Domingo...
Um sãopaulino comedido...
Sempre torceu pela Francana, mas era tricolor do Morumbi também...
Contava histórias divertidíssimas sobre as equipes do passado, inclusive com uma admiração excessiva pelos estrangeiros como o Poy, o Dario, o Lugano...
Falava também do time que fez o Santos de Pelé sair de campo (nem sei se era verdade ou não, mas era surreal a história).
Conta quando foi assistir um jogo em Ribeirão Preto contra o Botafogo, no Estádio Santa Cruz... Fala muito do Leônidas também.
Vale a pena lembrar do dia que levei ele no Morumbi, pegando um ônibus circular na Praça das Bandeiras, repleto de torcedores arruaceiros e a chegada da Independente que tomou a arquibancada bem no lugar que sentamos.
Vimos um empate sem graça contra a Lusa (o nosso ponta direita era o folclórico Mário Tilico) e no final do jogo ele levou uma "copada" de cerveja nas costas, saindo muito irritado me pedindo para nunca mais convidá-loa ir para o Morumbi... E, nunca mais voltou mesmo.
A sua mais fiel seguidora é a minha irmã caçula, a Érica, sãopaulina fanática, que vivia discutindo futebol com ele e se irritava muito facilmente com as características negativistas de El Cid, rsrs. Inclusive, quando havia jogos do "mais querido" aos domingos, ela ligava a TV lá na chácara e o meu pai sem paciência para assistir o "quebra canelas"  saía para fazer alguma coisa, mesmo sem importância pelos arredores da casa. Quando saía um gol ela ia correndo avisá-lo, mas tinha todo um ritual, rsrs... A Érica gritava, "goool, pai" e ele sempre achava que era do adversário... Era hilário, pois quando o tento anotado era do tricolaço, sempre vinha com um praguejar por parte dele: "pode ter certeza que daqui a pouco eles empatam"... Isso, eu herdei do seu Edercides, o negativismo quanto ao São Paulo F. C., que nos deu tantas glórias nas décadas de 80 e 90, mas que nos últimos anos fez até o Gabrielzinho, netinho de El Cid, pensar em ser palmeirense, rsrs...
Em construção.
PS.: este texto estou escrevendo no dia que ele comemoraria 51 anos de casamento com a minha mãe (19 de julho)... Saudades eternas.


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