Neste isolamento, muitas famílias ampliaram o delicioso hábito de cozinhar em casa, dividindo a escolha de especiarias, as tarefas de lavar, cortar e refogar (ou assar, rsrs), além da empolgante e curiosa necessidade de inovar, reinventado pratos já tradicionais e consolidados da culinária domiciliar.
Aqui no nosso "apezinho" não é diferente e tem sido delicioso, fuçar receitas, consultar amigos ou parentes e buscar novos ingredientes para o cotidiano culinário do casal.
A minha esposa, "vegetariana de carteirinha" ama a culinária alternativa, saudável, em conformidade com o menor impacto ao meio ambiente e valorizadora da agricultura familiar. Daí, é uma investigadora nata da alquimia gastronômica que o nosso país desenvolveu por séculos, fruto da influência de várias culturas... E, eu, amoooooo compartilhar com ela, um pouquinho do paladar de anos como "bom garfo", que adquiri desde criança nos escondidos do interior paulista, entre sítios de avós, tias e conhecidos. Filho do fogão de dona Elenice e neto de uma cozinheira fantástica, a dona Zilda, não nego um bom quitute, um bom "regabofe", independente da complexidade dos seus ingredientes... Se tiver sabor, se for bem feito, tudo me diverte, rsrs.
Daí, posso cooperar com as experiências culinárias da minha esposa, como já escrevi anteriormente.
Uma delas, tenho que compartilhar aqui... Tem que ser feita e apreciada por mais pessoas (vegetarianas ou não). É um quibe assado, com recheio de requeijão e abóbora.
Bom, fizemos ele para comer e não para virar capa de revista de gastronomia, então as fotos não reproduzem o sabor que apreciamos, rsrs!!!!
A receita é bem simples. Para a assadeira pequena que temos (deu 4 porções), hidratamos meio pacote de trigo (mais ou menos 250g) por volta de uma hora antes de misturar o restante dos ingredientes. Temperamos do nosso jeito, misturando nele um pouco de azeite, cebola, cebolinha, alho triturado (não usamos muito sal) e um pouquinho de pimenta em pó (eu trouxe uma de chilli da Lousiana, que é maravilhosa, para isso). Separamos e deixamos descansar...
O próximo passo é fazer o creme de abóbora (tem pessoas que preferem o cabotiá, pois solta menos água e deixa o creme mais consistente). Cozinhamos com pouca água e sal, até desmanchar (cuidado para não queimar o fundo, controle com água morna este processo) e formar um purê que dá para ser amassado com o garfo mesmo (não há necessidade de processar no liquidificador)... Acrescentamos um pouco de manteiga e queijo parmesão ralado no final do cozimento.
Untamos a assadeira com um pouco de margarina e espalhamos uma primeira camada do trigo, cobrimos com o creme da abóbora e com porções generosas de requeijão (salpicamos um pouquinho de manjericão, por cima). Nova camada com o restante do trigo, cobrimos com mussarela fatiada e complementamos com mais manjericão desidratado.
O tempo de forno, que já estava pré-aquecido, foi mais ou menos quarenta minutos.
Ficou divino e foi acompanhado por uma salada de tomates e folhas bem frescas...
Ah, ele não fica tão consistente como na massa com carne, esfarelando um pouquinho, mas o creme de abóbora agrega bem o trigo.
Experimentem... É bem prático, rápido e saboroso. No dia, um honesto chileno " Pinot Noir Bicicleta" harmonizou bem com o prato.
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