Via Franca

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Hoje teve "ragu" no almoço


Já vou começar explicando que o "ragu" que usei no título (coloquei até a palavra entre aspas) não tem nada a ver com o famosíssimo molho italiano, que também adoro!!!
Ragu, do francês RAGOÛT, de ragoûter ("despertar o gosto ou apetite") é um molho à base de carne cozida que acompanha massas e polentas.
No Brasil, este termo é utilizado para tipos de guisado e ensopado ou até mesmo para designar "uma comida qualquer", sem especificações (aqui, mais próximo do que eu me referi).
Na minha infância sempre que ouvia a palavra ragu na boca da minha avó paterna, de origem portuguesa, dona Ermantina, sabia que ia rolar um preparado maravilhoso, resultado das sobras de várias refeições anteriores, misturadas em uma panela ou caçarola (não necessariamente era um ensopado, pois muitas vezes ficava bem seco).
Daí, para mim, até hoje, ragu é isso aí, uma mistura de várias sobras, geralmente feito na frigideira antiaderente (preciosismo, rsrs), com adição de mais temperos e molhos.
Para a vó Mantina era sinônimo de refeição bem simples, sem requintes, servida apenas para os "muito próximos" da nossa família. Para mim é um "maná", uma explosão de lembranças, sabores, aromas e sensações (amo mexer a comida na panela). E hoje, no almoço, fiz o meu, fritando dois ovos na manteiga, sobras de arroz, queijo muçarela ralado, molho de tomate, alho triturado, mostarda e um pouco de manjericão desidratado. Ficou divinooooo...
E a pergunta, quase afirmação, que fica: "quem nunca..."

PS.: acompanhei com salada de folhas e suco de goiabas, colhidas lá na Chácara Santa Teresinha, em Cristais Paulista (onde a família se reúne, sagradamente, todos os domingos)...

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