Via Franca
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Um ano de postagens e uma homenagem a Jackson do Pandeiro
No dia 07 passado, esse blog fez um ano de existência.
Quando o criei, tive a pretensão de torná-lo um veículo de divulgação de atividades ligadas ao lazer, cultura e entretenimento.
Confesso que jamais esperava que muitas pessoas entrassem para receber algumas dessas dicas.
Tampouco esperava ter meia dúzia de seguidores, pois ele foi feito para satisfazer um pouquinho do meu ego e mostrar "aos meus", um pouquinho do que sou e do que gosto.
Por isso, me surpreendeu saber que ele está sendo útil para muitas pessoas (algumas que nem conheço, por sinal).
Há uma efervescência inimaginável na metrópole paulistana.
Diariamente centenas de eventos acontecem simultaneamente e, muitos deles, sequer são divulgados de maneira adequada pela grande mídia, por isso vale a pena aumentarmos e valorizarmos os canais de divulgação independentes e alternativos, já que é através deles que conseguiremos multiplicar ainda mais esse circuito alternativo.
E também reforçar o óbvio, o que todo mundo já conhece.
E, para "dar-me as felicitações" (sic), escolhi um dos maiores compositores e intérpretes da música nacional para homenagear: o paraibano Jackson do Pandeiro.
Para quem não o conhece, saiba que ele foi considerado um dos cantores mais versáteis da história da MPB.
Dizem alguns estudiosos que, quando ele quebrava o ritmo da música, lembrava a levada de um rap moderno.
Letras incríveis, ritmos alucinantes e uma voz inimitável fizeram desse paraibano um ícone da nossa cultura.
Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Cantiga da Perua", Forró de Limoeiro", "Cabo Tenório", "A Mulher do Aníbal", "Um a Um", "Sebastiana" (a minha preferida) e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP.
Foi parar no ostracismo no início da década de 70, mas acabou redimido e divulgado pelos jovens artistas da época, como Gil, Betânia, Gal e Alceu.
Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.
Vale a pena, procurar nos arquivos da TV Cultura, o que ainda resta das suas entrevistas ou no Youtube, trechos dos seus principais sucessos.
Perigoso é se apaixonar!!!!!!!
Um trechinho da genial "Cantiga da Perua" para finalizar:
"Andam dizendo
Que o progresso vai chegar
Que a coisa vai melhorar
Quando o homem for pra lua
Mas a verdade crua
Que a situação da vida
Ta ficando parecida
A cantiga da perua
É de pió a pió
É de pió a pió
A cantiga da perua é uma só"
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Salve Evanir! Parabéns por lembrar Jackson do Pandeiro. Parabéns pelo blog, vou virar frequentador.
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