Via Franca
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Revista piauí - 50 edições
Sou leitor assíduo de algumas publicações.
Reservo sempre uma parte do meu salário para a compra mensal de algumas delas.
Dessas, vou destacar uma, que nesse mês completa 50 edições: a revista piauí (com "p" minúsculo mesmo).
É um publicação bem interessante, mensal, que traz boas e longas reportagens sobre os assuntos abordados.
Muitos artigos lembram crônicas ou pequenos contos, tal descaracterização que o texto jornalístico apresenta nessa revista.
Foi idealizada pelo documentarista João Moreira Salles e é editada pela Editora Alvinegra.
Consegue atingir os principais pontos do nosso território, pois um acordo entre a sua editora e a Dinap (do grupo Abril) facilita a sua circulação.
Diferentemente das revistas convencionais do mercado editorial brasileiro, a piauí pratica jornalismo literário. João Moreira Salles nunca ressaltou publicamente a escolha deste gênero, pois acredita que se trata de "um nome pomposo, que quer se aproximar da eternidade da literatura". Para ele, "o que a piauí faz é contar bem uma história". Além de pautas pouco convencionais, o tratamento dado às reportagens geralmente assemelha-se ao de uma narrativa ficcional.
A primeira edição da piauí foi lançada em outubro de 2006. No site da revista é possível ler todas as reportagens das edições antigas.
Em outubro adorei as matérias sobre o "Louco de palestra" e "O futuro do Lulismo" do André Singer.
Nesse mês, aparecem como destaque: "A cura pela palavra" (o que fazem, pensam e pregam os pastores psicanalistas), "questões ambientais" (Luiz Maklouf Carvalho), "Crepúsculo estruturalista nos trópicos" (Lévi-Strauss e a utopia que combina o bem-estar da civilização ocidental com a harmonia ambiental das sociedades “primitivas”), entre outras.
Também adoro ler a seção "Esquina" (uma das poucas da revista), pois temas bem diversificados são abordados na forma de crônicas.
vale a pena conferir.
O seu preço é R$ 12,00 e também pode ser adquirida no sistema de assinatura.
Ah, quase ia me esquecendo de um detalhe importantíssimo: no discurso "imparcial" da revista, percebe-se o seu preconceito contra partidos de esquerda e muitos mimos com aqueles de direita (incluindo-se aí o PSDB).
Então, aos meus amigos apartidários, usem-na como contrabalanço às suas (nossas) leituras da mídia subversiva, rsrsrs...
Obs.: a imagem que ilustra esse post é a capa da primeira edição da revista.
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