No último final de semana estive com o meu pai no Cemitério da Saudade, localizado bem no centro da cidade de Franca (SP). Fomos verificar as condições de conservação do túmulo da nossa família e também as possibilidades de reforma dele para atender as exigências atuais naquele sepulcrário.
Como muitos sabem eu tenho um certo fascínio pela arte tumular e pelos "campos santos", em geral, inclusive sendo parada obrigatória em qualquer cidade que visito pela primeira vez... Não sou pesquisador, nem tampouco estudioso do tema, mas a arquitetura, estrutura física, objetos de adorno e arte, sempre prenderam a minha atenção. Como escrevi acima, me fascinam...
Uma primeira coisa que chama a atenção é que ele é mais antigo (o primeiro sepultamento foi em novembro de 1855) que o cemitério mais conhecido de São Paulo, o da Consolação (1858) e o primeiro da capital, o de Santo Amaro (1856).
Há túmulos bem antigos e com uma arte tumular muito delicada e bela também. Claro, que com o crescimento da cidade e a total ocupação da necrópole, muitas sepulturas já passaram por uma intensa transformação, mas mesmo assim, restam ainda belos exemplos da sensibilidade artística aplicada ao respeito e compungência do "post mortem"...
Captei algumas imagens que, pela minha pressa naquele momento, não estão com a devida grandeza e importância do local retratado, mas dá para ter uma pequena noção da beleza da arte do lugar.
Fica aqui um convite para alguns amigos do Senac Franca pensar em um roteiro turístico que envolva também a visita ao Cemitério da Saudade, nos moldes de outros tours que acontecem em diversos cemitérios do mundo (me perdoem se já existe este roteiro, pois estou escrevendo agora "de orelhada", rsrs)... Me coloco à disposição para pensar em algo bem didático para poder levar alunos de Franca e região e discutir um pouquinho da história da nossa cidade, de personagens e passagens, além do simbolismo e beleza da arte tumular, assim como faço nos diversos cemitérios da capital paulista com grupos escolares e turistas em geral...
Para valorizar ainda mais este tipo de ação, muitas famílias que possuem jazigos lá, poderiam incentivar artistas locais a voltarem a produzir peças de arte tumular, valorizando a diversidade estética e artística que temos na atualidade. Voltaria um pouco da "leveza" que está sendo quebrada pela frieza dos novos túmulos reformados para atender as normas atuais do lugar (erguidos como verdadeiros "arranha-céus").
E "os que lá estão" continuarão saudando "os que lá chegarão"...
Para os amigos que não são de Franca e que querem também conhecer o nosso principal cemitério, depois das compras de sapatos ou após assistir uma peleja basquetebolística do melhor time do Brasil, o Cemitério da Consolação fica na Rua Simão Caleiro, 1430, bem em frente a uma charmosa pracinha, no centro da "cidade das Três Colinas"...
PS.: não gostei de ver muitos túmulos servindo de varal para roupas e como porta ferramentas para as pessoas que provavelmente trabalham lá... A maneira como eles conversavam, como usavam os túmulos como local de descanso e a bagunça na parte de trás da capela, me deixou muito triste... Há a necessidade de uma boa conversa da administração do cemitério com estas pessoas para orientar melhor sobre a relevância do lugar que eles estão trabalhando (inclusive, poderia ser feito com eles a primeira ação educativa, o primeiro tour lá, no cemitério)...
Como muitos sabem eu tenho um certo fascínio pela arte tumular e pelos "campos santos", em geral, inclusive sendo parada obrigatória em qualquer cidade que visito pela primeira vez... Não sou pesquisador, nem tampouco estudioso do tema, mas a arquitetura, estrutura física, objetos de adorno e arte, sempre prenderam a minha atenção. Como escrevi acima, me fascinam...
Túmulo da nossa família e o meu pai
Sei que já fizeram muitos estudos e teses sobre o Cemitério da Saudade, inclusive já li alguns deles, mas para escrever este post, entrei no site "Arte Funerária Brasil" (www.artefunerariabrasil.com.br) da professora Maria Elizia Borges (UFG) e retirei as informações mais específicas de lá.Uma primeira coisa que chama a atenção é que ele é mais antigo (o primeiro sepultamento foi em novembro de 1855) que o cemitério mais conhecido de São Paulo, o da Consolação (1858) e o primeiro da capital, o de Santo Amaro (1856).
Há túmulos bem antigos e com uma arte tumular muito delicada e bela também. Claro, que com o crescimento da cidade e a total ocupação da necrópole, muitas sepulturas já passaram por uma intensa transformação, mas mesmo assim, restam ainda belos exemplos da sensibilidade artística aplicada ao respeito e compungência do "post mortem"...
Captei algumas imagens que, pela minha pressa naquele momento, não estão com a devida grandeza e importância do local retratado, mas dá para ter uma pequena noção da beleza da arte do lugar.
Fica aqui um convite para alguns amigos do Senac Franca pensar em um roteiro turístico que envolva também a visita ao Cemitério da Saudade, nos moldes de outros tours que acontecem em diversos cemitérios do mundo (me perdoem se já existe este roteiro, pois estou escrevendo agora "de orelhada", rsrs)... Me coloco à disposição para pensar em algo bem didático para poder levar alunos de Franca e região e discutir um pouquinho da história da nossa cidade, de personagens e passagens, além do simbolismo e beleza da arte tumular, assim como faço nos diversos cemitérios da capital paulista com grupos escolares e turistas em geral...
Para valorizar ainda mais este tipo de ação, muitas famílias que possuem jazigos lá, poderiam incentivar artistas locais a voltarem a produzir peças de arte tumular, valorizando a diversidade estética e artística que temos na atualidade. Voltaria um pouco da "leveza" que está sendo quebrada pela frieza dos novos túmulos reformados para atender as normas atuais do lugar (erguidos como verdadeiros "arranha-céus").
E "os que lá estão" continuarão saudando "os que lá chegarão"...
Para os amigos que não são de Franca e que querem também conhecer o nosso principal cemitério, depois das compras de sapatos ou após assistir uma peleja basquetebolística do melhor time do Brasil, o Cemitério da Consolação fica na Rua Simão Caleiro, 1430, bem em frente a uma charmosa pracinha, no centro da "cidade das Três Colinas"...
PS.: não gostei de ver muitos túmulos servindo de varal para roupas e como porta ferramentas para as pessoas que provavelmente trabalham lá... A maneira como eles conversavam, como usavam os túmulos como local de descanso e a bagunça na parte de trás da capela, me deixou muito triste... Há a necessidade de uma boa conversa da administração do cemitério com estas pessoas para orientar melhor sobre a relevância do lugar que eles estão trabalhando (inclusive, poderia ser feito com eles a primeira ação educativa, o primeiro tour lá, no cemitério)...