Via Franca

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

"Canções de Natal do Mundo Todo" no Cemitério da Consolação


Acontece neste domingo, dia 18 de dezembro, às 11h, uma cantata de Natal no Cemitério da Consolação, chamada de "Canções de Natal do Mundo Todo".
A apresentação encerra as atividades realizadas em cemitérios públicos no ano de 2016.
O grupo Poucas & Boas sob a regência de Dani Mattos terá no seu repertório "Cálix Bento" (folclore brasileiro), No La Devemos Dormir (canção de Upsala), Nkosi Sikelele (Canção Africana), entre outras...
O evento acontecerá na capela da metrópole e é gratuito.
Neste dia será lançado também o novo folder do cemitério com a localização dos 50 túmulos mais visitados...
Vale a pena conferir.
Cemitério da Consolação - Rua da consolação, 1660 - São Paulo (SP) no dia 18 de dezembro (domingo) às 11h. O metrô mais próximo é a estação Paulista da Linha Amarela.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

32ª Bienal de São Paulo


Está acontecendo no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera em São Paulo, a 32ª Bienal de São Paulo "Incerteza Viva".
Teve início no mês de setembro e vai até o dia 11 de dezembro de 2016.
Tem entrada gratuita e fecha nas segundas-feiras. O seu horário é das 9h às 19h (terças, quartas, sextas e domingos) e das 9h às 22h (quintas e sábados).
Fui algumas vezes, ora acompanhado pela minha esposa ora acompanhando alunos e garanto que é uma atividade extremamente rica em todos os aspectos (não só culturais).
Recomendo acompanhar uma visita mediada pelos educadores do local, que acontecem de meia em meia hora com ponto de encontro próximo a uma das entradas (tem duração média de 90 minutos).
Saí em todas as visitas com questionamentos e reflexões diferentes (ah, nem pense em tentar visitar tudo em um único dia, pois pode ser extremamente cansativo, já que o pavilhão é muito grande). Pontos de interrogação foram colocados na minha cabeça e boas respostas também... Inclusive, a questão da incerteza que permeia o tema da exposição tem muito a ver com isso. Ecologia, questões sociais, coletivos culturais, colonialismo, processos alternativos de sobrevivência, contracultura, entre tantos outros elementos são os que mais me tocaram.
Claro que algumas instalações me chamaram mais a atenção e que gastei mais tempo em observá-las, mas achei neste ano uma bienal com mais obras relevantes e impactantes que muitas anteriores (e olha que já teve uma com obras do Bispo)...
São 81 artistas e pela primeira vez as mulheres são maioria (47 no total). Este fato não é coincidência, pois há pouca exposição do trabalho feminino neste tipo de instalação, apesar da relevância de muitas artistas.
Há também a escolha de muitos artistas com idade inferior a 40 anos, dando espaço para a transformação que a arte passou nas últimas décadas e abrindo também para que mais jovens pudessem mostrar o seu trabalho (alguns são desconhecidos do público em geral, mas tem ideias e estética ímpares).
Lendo uma entrevista do curador Jochen Volz ele deixa claro que a bienal deste ano busca refletir sobre as atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte para acolher ou habitar as incertezas. Segundo ele "a incerteza é uma sensação que todos nós vivemos. É importante pensar que a incerteza e a improvisação são forças importantes na arte. A incerteza pode causar algo novo, imaginar outras possibilidades. Quem dialoga com uma incerteza provoca algo transformador..."
Melhor uma incerteza viva, do que uma certeza morta, rsrs...
Temas ecológicos como o aquecimento global, além de questões indígenas e de assuntos como migrações e instabilidades econômicas e políticas foram pontos de partida para as criações das obras.
tenho os meus preferidos e vou indicar alguns:
1- O quase centenário e brilhante Franz Krajcberg com a instalação logo na entrada (que faz uma bela transição entre o parque e o pavilhão), intitulada GORDINHOS, BAILARINAS e COQUEIROS.

2 - O vídeo do alagoano Jonathas de Andrade (O PEIXE) que incomoda, de verdade.

3 - Bené Fonteles com a casa de taipa e cobertura de palha, denominada ÁGORA: OCA TAPERA TERREIRO
4- As duas torres no vão livre, feitas uma com material de construção indígenas e a outra com ítens de edificações típicas da periferia de grandes cidades, de Laís Mirrha (DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS)

5- O baiano José Bento com suas caixinhas de fósforo sobre estruturas de bancas de camelô, além de uma outra no 2º andar denominada CHÃO que provoca instabilidade ao caminhar.
6 - A britânica Carolina Caycedo que investiga os danos das construções de barragens de água...

7 - Até mesmo as PLANCS - plantas alimentícias não convencionais estão presentes na instalação da portuguesa Carla Filipe. Muito legal o fato de encontrar lá, plantas que poucas pessoas conhecem (algumas são chamadas até de mato, rsrs) e que já fizeram parte da minha alimentação, como a taioba, o funcho, a berduega e a palma.
8 - Há a delícia da interatividade da peruana Rita Ponce de Leon que convida os visitantes a acomodar partes do seu corpo em caidades de barro, com estrutura baseada nos gestos de uma bailarina.
9 - Dineo Seshee Bopape com os seus jogos de tabuleiro em torrões de terra, que nos remete à questões de ocupação e exclusão fundiárias.

10 - E a que mais me impressionou, com os seu tom rosa e muitos brinquedos da jamaicana Ebony Paterson que traça um paralelo entre os índices de violência (assassinatos) de crianças e negros no Brasil e na Jamaica. Nesta instalação saí com um nó na garganta... Surpreendente, de fato.

Claro que escolhi dez, mas a lista seria muito longa, com moscas vivas, pedras de sal que se desmancham ao som de música e água, batatas que geram energia coletivamente, etc, etc, etc...
Há também muitas atividades que acontecem todos os dias (algumas são bem disputadas, por sinal). Para se informar acesse o site da Bienal (www.bienal.org.br).
Para se ter uma ideia, hoje, no final da tarde, na instalação de Bené Fonteles o multiartista pernambucano  Antônio Nóbrega vai estar presente para uma roda de conversa e amanhã, no mesmo espaço, tem presença garantida o genial Siron Franco, ambos dentro do projeto "Conversas para adiar o fim do mundo" (sempre das 17h às 18h.
Vale a pena conferir!!!!!


Andréa de Mayo receberá placa com o seu nome social no Cemitério da Consolação

(Andréa de Mayo ao lado seu pequinês, Al Capone - imagem retirada da revista trip/uol)
Nascida Ernani dos Santos Moreira Filho, Andréa de Mayo foi engraxate, gari e menino de rua. Também tentou ser cantor, na sua adolescência, mas o fato de ser homossexual lhe fechava várias portas, apesar de ter uma voz boa, de ser bem afinada. Depois de tentar ainda ser bailarino, sem sucesso, aos vinte e poucos anos decidiu transformar o seu corpo e renasceu como Andréa de Mayo.
A partir daí, abriu com o amigo Val, boates com shows de travestis, que eram muito procurados na década de 70 e também passou a proteger e lutar contra a discriminação de trans e travestis que eram discriminados até na comunidade gay (até hoje muitos clubes noturnos não permitem a entrada de travestis).
A sua casa de shows mais famosa, a Prohibidu's era frequentada por famosos e milionários e ela ficava sentada junto à porta para controlar pessoalmente os excessos e evitar qualquer problema com o variado público que passava pelo local.
Era uma verdadeira mãe e atenta protetora de transgêneres e travestis.
Morreu em uma clínica de cirurgia plástica, ciente dos riscos da retirada do silicone das nádegas e coxas, vítima de uma embolia pulmonar.
A sua vida junto com a trajetória de outros quatros personagens da cena transgênera paulistana foi tema do documentário "Dores de Amor" do suíco Pierre Alain Meier, de 1988.
Como o seu pai, na época, recusou a fazer o seu sepultamento, ela foi enterrada no cemitério da Consolação no túmulo de propriedade do seu amigo Pai Walter de Logum Ede.
E hoje, dia 17 de novembro, vai receber uma placa com o seu nome social (Andréa de Mayo) como homenagem à sua história de luta e persistência. O evento acontecerá às 15h.
O seu túmulo está localizado na Rua 25 LE Terreno 22, no Cemitério da Consolação (Rua da Consolação, 1660, em São Paulo).
Todas as informações foram retiradas do Serviço Funerário do Município de São Paulo.




quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Exibição do filme "A General" no Parque do Ibirapuera


Para quem ainda não tem um programa legal para a noite deste feriado, segue uma dica bem interessante.
Hoje, às 20h30 na parte externa do Auditório do Parque do Ibirapuera acontece mais uma exibição de um filme mudo com musicalização ao vivo...
O filme que será exibido é um dos melhores que eu já assisti.
Será exibido "A General" (de 1926) do magnífico Buster Keaton, com interpretação da trilha original do filme pela Orquestra Juvenil Heliópolis.
Um dos maiores artistas da sua época, o ator e cineasta baseou em fatos reais ocorridos durante a Guerra da Secessão nos Estados Unidos para tirar a ideia central deste genial filme.
Conhecido como o "palhaço que não ri", Keaton mantém a sua principal marca que é rosto melancólico e impassível em toda a sequência da película...
Eu mesmo guardo um carinho especial por ele, pois na minha adolescência, fase que curtia demais os filmes mudos do Charles Chaplin, o meu pai me falou do Buster Keaton e me mostrou alguns filmes e sequências (ainda em fitas VHS, que alugávamos e locadoras, rsrs) e me deixou impressionado com as cenas coreografadas e feitas sem o uso de dublês...
O evento de hoje marca o encerramento do 40º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que divulga e faz a premiação dos seus vencedores no mesmo local às 19h30.
Com certeza, será um programa delicioso...
Como é um evento ao ar livre, há possibilidade de chuva antes da exibição (no final da tarde), por isso vale a pena levar algo para forrar o gramado, que pode estar bem molhado no começo da noite.

Agenda cultural nos cemitérios de São Paulo em novembro


Eu recebo todos os meses um email do Serviço Funerário de São Paulo com a programação cultural dos cemitérios públicos da cidade (isso mesmo, há uma intensa programação nas necrópoles paulistanas, que vale a pena conferir)... O nome do programa é "Memória e Vida".
A deste mês veio com uma antecedência boa, mas só consegui um tempo pra divulgá-la agora, então já foram algumas atividades bem legais. Uma delas foi o "Pedal Caveira" organizado pelo Sampa Bikers, que aconteceu ontem (dia 01 de novembro) às 21h, com um trajeto de 40km que passava pelas áreas internas dos cemitérios do Araçá e Consolação (com direito à fotografia nos dois lugares). Deve ter sido delicioso, passear de bicicleta por entre os túmulos, à noite)...
Mas, ainda dá tempo de divulgar algumas ações que ainda vão acontecer.
Anotem aí:
- Peça "Nosferatu", no Cemitério do Araçá, nos dias 06, 13, 20 e 27 de novembro às 20h30
A peça Nosferatu, da Companhia Teatral do Subsolo, é uma adaptação do filme alemão Nosferatu, do diretor Friedrich Wilhelm Murnau, realizado em 1922. Narra a história de Conde Orlok, um vampiro que se apaixona por uma garota, Ellen, e toca o terror na cidade em que ela vive. A peça tem capacidade de público de até 50 lugares, portanto, os interessados em assistir o espetáculo devem chegar com uma hora de antecedência para retirada dos ingressos.
- "Histórias do Além", no Cemitério da Consolação, nos dias 12 e 16 de novembro às 21h
Após uma longa pesquisa sobre os personagens sepultados na primeira necrópole da capital paulista, Histórias do Além propõe uma viagem à história de São Paulo. No itinerário, os participantes terão um belíssimo encontro teatralizado com personificações de Luís Gama, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Paulo Vanzolini, entre outros grandes nomes sepultados no Cemitério Consolação. Para participar do passeio teatral basta comparecer aos portões de Cemitério Consolação com uma hora de antecedência.
- "Contos Mal-Ditos", no Cemitério do Araçá, nos dias 10, 17 e 24 de novembro às 15h
O trabalho Contos Mal-ditos de André Mendes e Gustavo Valezzi traz a ressignificação dos espaços cemiteriais com histórias que transitam entre o ficcional e real. Ao narrar uma história, os atores que investigam a vidas das pessoas que estão sepultadas nos cemitérios, relacionam essas biografias a lendas urbanas e a literatura do norte americano Edgar Allan Poe. Para participar basta chegar uma hora antes do inicio do evento e se reunir ao grupo
- "Teatro Documentário", no Cemitério da Vila Mariana, nos dias 12, 19 e 26 de novembro e 03 de dezembro, às 16h
Concebida especialmente para o cemitério da Vila Mariana, a peça Documentário cênico sobre a morte na vida da grande cidade refaz o percurso narrado por uma senhora de 100 anos, Francisca, para retratar as promessas da cidade e os fatos da realidade que ainda hoje, merecem revisitação. A encenação é assinada por Marcelo Soler, doutor e mestre em artes cênicas pela ECA/USP, professor do Departamento de Artes Cênicas ECA/USP, na Faculdade Cásper Líbero e na FPA.
E também continuam as visitas guiadas com o amigo Francivaldo Lima, o Popó, sempre as terças e sextas-feiras, às 9h e 14h e às quartas-feiras, às 10h, 12h, 14h e 16h. Para participar basta se inscrever no email da prefeitura (que é a responsável por todas as informações e horários que eu divulguei aqui). O endereço é assessoriaimprensa@prefeiturasp.gov.br
Vale a pena conferir e adicionar estes importantes "museus a céu aberto" na agenda cultural de vocês... Ah, e toda a programação é gratuita!!!!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

19º Restaurant Week São Paulo


Já iniciou a 19ª edição da Restaurant Week São Paulo (vai até o dia 16 de outubro)...
Em edições anteriores tive oportunidade de conhecer por um preço bem razoável alguns restaurantes bem legais da nossa cidade...
Acho interessante a proposta e também recomendo com um pouco de ressalvas, pois é importantíssimo fazer uma boa pesquisa antes, já que muitos lugares não colocam pratos que estão no cardápio do dia-a-dia na promoção do menu degustação (afinal de contas a proposta é esta mesmo), mas, em alguns deles, inclusive há uma certa "picaretagem" na escolha da sequência (já vi spaghetti ao pomodori, rsrs, em um lugar que não havia produção artesanal de massas, por exemplo).
Agora, para quem gosta dos prazeres de uma boa comida, de boas combinações de ingredientes e de conhecer lugares diferentes (alguns bistrôs valem pelo charme e atendimento do local) com um preço bem democrático (se ainda posso usar esta palavra, rsrs) o evento é maravilhoso.
Neste ano os preços (que são fixos) serão de R$ 41,90 para o almoço e R$ 52,90 para o jantar, sempre com duas opções de entrada, prato principal e sobremesa...
Ah, e em 2016 também entram alguns restaurantes com um menu premiun, com valores diferenciados, mas com opções mais sofisticadas, rsrs (variam entre R$68,00 no almoço e R$89,00 no jantar).
No último final de semana fui até o Ruela (ao lado do clube do Pinheiros) e me surpreendi com o que foi oferecido... É um dos quais eu recomendaria para uma boa experiência.
Mais informações no site http://restaurantweek.com.br/



1ª Corrida pela Memória


Em tempos como os nossos sempre é legal divulgar algumas ações bem pontuais que acontecem nos grotões de uma metrópole como São Paulo. Como temos uma área territorial muito grande e muitos milhões de habitantes, muitas ações que acontecem em bairros específicos, centrais ou periféricos, não conseguem chegar até o público em geral... Assim, cabe a alguns divulgarem tais acontecimentos.
Uma destas ações a que me refiro é a 1ª Corrida pela Memória em homenagem à Virgílio Gomes da Silva, considerado o primeiro desaparecido político da Ditadura Militar em São Paulo.
A corrida acontecerá no dia 09 de outubro, neste próximo domingo e terá início às 6h30 na Rua Virgílio Gomes da Silva, na Zona Norte de São Paulo e o trajeto foi idealizado pelo seu filho Gregório Gomes da Silva seguindo por 27 Km até o cemitério Vila Formosa II, no sugestivo espaço existente no local, intitulado "Prá não dizer que eu não falei das flores", criado pelo SFMSP (Serviço Funerário do Município de São Paulo), em 2016.

Seguem mais informações, retiradas ipsis literis do informativo do SFMSP...


1ª Corrida em homenagem a Virgilio Gomes da Silva acontece neste domingo (09 de outubro)

Neste domingo (9), ocorre a 1º Corrida pela Memória “Virgílio Gomes da Silva”, em homenagem ao militante homônimo, assassinado por agentes do DOI-CODI/SP, a 29 de setembro 1969. O trajeto foi idealizado por seu próprio filho, Gregório Gomes da Silva, e terá início às 6h30 na Rua Virgílio Gomes da Silva, Zona Norte. O grupo seguirá em direção ao cemitério Vila Formosa II. Para encerrar, será feita uma homenagem em memória dos mortos e desaparecidos durante os anos de chumbo que assolaram o País. 

Durante o percurso – serão aproximadamente 27 km de corrida – os participantes passarão por pontos marcantes na vida de Virgílio, desde uma antiga fábrica da Antártica em que ele trabalhava até a Rua Duque de Caxias, local em que foi seqüestrado por agentes da Operação Bandeirantes e morto sem a chance de prestar depoimento. O objetivo dessa atividade é a de recuperar a memória individual, da figura que representou para os amigos e para os parentes, e também um trabalho de recuperar a memória coletiva.

“A impressão é que fica uma lacuna. São anos tentando juntar as pequenas peças de um quebra-cabeça que vamos montando, todos juntos, para compreender o que se passou, para compor não só as minhas memórias, mas a memória coletiva do país”, comenta o filho de Virgilio Gomes.  

O final do trajeto será no Cemitério Vila Formosa II, local apontado como última residência de Virgílio, embora seus restos mortais não tenham sido encontrados. Lá, os participantes se encontrarão com a viúva de Virgílio, a senhora Ilda Martins da Silva, que acompanhará a homenagem feita pelo filho e por amigos ao companheiro em um jardim de memórias, criado em 2016 pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP), intitulado “Pra não dizer que não falei das flores”.

Memória

Virgílio Gomes da Silva é considerado o primeiro desaparecido político da ditadura militar. Nasceu no Rio Grande do Norte e foi para São Paulo na busca de melhores condições de vida. Após inúmeros trabalhos , entra, em 1957, na empresa Nitroquímica, como operário. Local em que conhece a sua futura companheira Ilda Martins da Silva. À época, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e começa atuar no movimento sindical, liderando greves.

Depois, em 1967, une-se à Aliança Libertadora Nacional (ALN), chegando a ser o segundo da organização, ficando abaixo apenas de Carlos Marighella. No dia 29 de setembro de 1969 é preso pela Operação Bandeirante (Oban), em São Paulo, vindo a falecer no mesmo dia, como apontado no documento de 8 de outubro do mesmo ano. O documento só veio à tona no ano de 2004, o qual apontava as escoriações sofridas em seu corpo, após 12 horas de tortura.

Pra não dizer que não falei das flores

Em março de 2016, o Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) inaugurou o jardim “Pra não dizer que não falei das flores”, em homenagem aos militantes Virgílio Gomes da Silva e Sérgio Roberto Corrêa, bem como demais militantes políticos desaparecidos e mortos durante o regime militar. Essa ação é um marco na memória do local onde foram realizadas as buscas por esses desaparecidos, vítimas dos anos do período militar que assolou o país, ressignificando o cemitério como parque de memória e vida. 

Serviço:

Onde
Largada: Rua Virgilio Gomes da Silva, Jardim Elisa Maria, Zona Norte de São Paulo.
Chegada: Jardim "Pra não dizer que não falei de flores" Cemitério Vila Formosa II, Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo.

Quando
Domingo, dia 9 de outubro.

Tenho de me inscrever?
Não há necessidade de inscrição.

Mais informações na página do evento: https://www.facebook.com/events/188036504940025/

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Passeio teatralizado no Cemitério da Consolação


Neste sábado, dia 01 de outubro, às 21h será realizado um passeio teatralizado pelos túmulos de personalidades públicas sepultadas no Cemitério da Consolação.
Denominado "O Sagrado Profano" o público é convidado a percorrer o cemitério e conhecer as personalidades ali sepultadas. De forma lúdica, os espectadores percorrerão o limiar entre a vida e a morte.
A cada jazigo um pouco da memória coletiva de São Paulo mesclando história, fantasias e emoções.
Peça dirigida por Beto Besant, com texto de Ivan Augusto e elenco formado por Eduardo Scheck, Célio Nascimento, Karina Kiss e Fernando Silveira.
O cemitério fica na Rua da Consolação, 1.600, próximo à estação Paulista de metrô (Linha Amarela).
A classificação é livre e a entrada é gratuita.
Mas, a capacidade é para 50 pessoas, por isso recomenda-se chegar com pelo menos meia hora de antecedência.
É aconselhável trajar calça comprida e sapato fechado (e confortável).
Convém levar lanterna e até repelente.
A previsão do tempo indica uma noite com temperaturas mais amenas (aquele friozinho comum do começo de primavera) e sem chuva (dados do inpe).

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Previsão do tempo e roteiro de estudo em Bertioga

Daqui a pouco vamos com um grupo de alunos do Colégio Companhia de Maria para Bertioga.
Pelo site do cptec inpe não há previsão de chuva (chance menor que 5%) e teremos dias agradáveis, com temperatura oscilando entre 19ºC e 25ºC.
Mesmo assim é importante levarmos capa de chuva, pois o clima úmido do litoral pode trazer surpresas.
Não esquecer também do protetor solar (um boné é sempre importante) e do repelente contra insetos.
Só para lembrar a nossa pousada é a Riviera de Bertioga, próxima ao Costão do Indaiá...
No primeiro dia, vamos concentrar informações na parte histórica e nas consequências de ocupação da baixada, pois vamos visitar o Forte de São João e fazer um passeio de escuna pelo Canal de Bertioga (não há passagem pelo mar, então não sofreremos nenhuma ação de ventos ou ondas mais agitadas).
E amanhã com o auxílio de um biólogo local o estudo será no mangue de Itatinga e na restinga de Itaguaré. Monitores locais e também a equipe da Via Franca Turismo estarão dando apoio e segurança a todo o grupo.
Então, ótimo estudo (e passeio) a todos...

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Previsão do tempo para o Petar

Para este final de semana há previsão de chuvas isoladas na região de Iporanga, que podem ocorrer mais à tarde e temperaturas oscilando entre 14ºC e 20ºC (na segunda-feira esquenta um pouquinho).
Então, vale a pena colocar a capa de chuva na mochila para o parque.
Para quem quiser comunicar-se diretamente com o telefone fixo da Pousada das Cavernas o número é (15) 3556-1496.
E que todos aproveitem as lindas cavernas, trilhas e cachoeiras da região.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Roteiro de estudo e observação da Caverna do Diabo do Colégio Mater Amabilis


A Caverna do Diabo (ou Gruta da Tapagem) está localizada no município de Eldorado (SP) distante 311 km do Colégio Mater Amabilis, em Guarulhos.
Eldorado é um dos municípios do Vale do Ribeira, uma das regiões de maior preservação natural do nosso estado, mas em contrapartida uma das mais carentes de recursos econômicos e sociais. Os seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano inferior à média do estado de São Paulo.
Cortada pela bacia hidrográfica do Rio Ribeira do Iguape, apresenta um longo trecho de preservação de Mata Atlântica (cujo nome é Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana), principalmente pela presença de importantes parques estaduais que atuam contra a destruição deste importante bioma. Cerca de 20% deste tipo de vegetação que ainda resiste no nosso país está nesta região (lembre-se que muitos estudiosos colocam que só restam 7% de Mata Atlântica no Brasil).
Um destes parques é o Parque Estadual da Caverna do Diabo com mais de 40.000 hectares de extensão, que junto com outras 13 unidades, constitui o Mosaico de Conservação do Jacupiranga, responsável pela proteção de diversas espécies de flora e fauna, ameaçadas de extinção, entre elas a onça-pintada.
O Vale do Ribeira também é conhecido pela grande quantidade de cavernas (só em outro parque, o PETAR, tem mais de 300 delas) e também pela presença de comunidades quilombolas. O que você sabe sobre o período de escravidão na história brasileira? Por que muitos escravos foram para o Vale do Ribeira? Qual é a importância da preservação da sua cultura e dos seus costumes?
Nós vamos sair da maior região metropolitana do Brasil (a Grande São Paulo, onde se localiza o município de Guarulhos) e atravessar trechos de estrada (a principal delas é a Rodovia Régis Bitencourt ou BR 116) com poucas cidades pelo caminho, até chegar em uma região de baixíssima densidade populacional. O Vale do Ribeira possui a menor média de habitantes por quilômetro quadrado do estado de São Paulo. Inclusive, tem cidades pequenas em municípios muito grandes (procure saber a diferença entre cidade e município).
Nesta observação do caminho entre Guarulhos e Eldorado procure identificar a mudança da paisagem de uma grande cidade (paisagem social) para uma paisagem com predominância de elementos naturais.
Identifique também o tipo de agricultura mais comum na região que vamos visitar. Qual é produto agrícola (o cultivo de uma fruta muito conhecida e saboreada por nós) que aparece mais no lugar que estamos visitando? Por que predomina este tipo de cultivo? Quais as características do clima da região que o favorece?
Também já foi citado que vamos encontrar uma grande área de preservação natural. Por que no Vale do Ribeira há uma preservação muito maior da floresta se comparado a outras áreas do estado de São Paulo? Mesmo com a presença das unidades de conservação há riscos para a vegetação? Quais são os principais problemas enfrentados pelas comunidades e pelos ambientes naturais do vale?
Chegando no parque, você vai notar que estamos no meio de uma grande área de conservação. Você conseguiria listar a importância dela para o nosso país? Entrando na trilha você notou diferenças de temperatura e umidade em relação ao lugar que moramos? Que planta chamou mais a sua atenção? Por quê?
Os monitores/guias do parque que nos acompanharão dentro da caverna são todos criados e vivem na região do Vale do Ribeira. A maneira de falar, as expressões usadas e até o seu sotaque são diferentes daquele que encontramos no lugar que vivemos. Há uma beleza nesse jeito diferente de se referir às coisas que vamos ver. Eles nos cativam pela sua simplicidade e sabedoria. Inclusive, boa parte do que vamos aprender sobre a caverna e também sobre a região vem do seu conhecimento. Que tipos de expressões usadas e faladas por eles te chamaram mais a atenção? Que exemplos você tem de diferentes sotaques no nosso país?
A Caverna do Diabo possui mais de 8.000 metros de extensão e é considerada a maior do estado de São Paulo. Nós, turistas e estudantes, podemos conhecer um pouco mais de 600 metros dela, mas mesmo assim ficamos deslumbrados com a beleza dos seus salões (que parecem mais igrejas barrocas) e com a incrível forma dos seus espeleotemas.
Dentro dela, procure explicar porque muitas colunas (um tipo bem comum de espeleotema) estão desniveladas, como foram formadas as estalactites e estalagmites, que alterações foram provocadas pelos seres humanos no seu interior e se há exemplos de depredação nas suas formações.
Compare também com alguma caverna que você já conheceu (pode ser até aquela com “água quentinha” no Sítio do Carroção, rsrs). Explique que sensações você teve ao adentrar as suas galerias. Sentiu calor, frio, medo? Lá dentro teve algum cheiro que te chamou a atenção? Que diferenças você percebeu nos três níveis (ou zonas) da caverna? Viu algum animal (inseto ou mamífero) no interior dela? Qual formação te chamou mais a atenção? Você acha que a caverna tem formação recente ou é bem antiga, geologicamente? Por quê?
Nesta visita podemos entender também a diferença entre os processos de erosão e intemperismo. Você consegue diferenciá-los?
De fato, é uma atividade única e muito rica em sensações e conhecimento. Com certeza, após adentrar um ambiente cavernícola, você vai voltar com outra visão à respeito da importância da preservação ambiental e do nosso cotidiano, em uma cidade grande cercada de tecnologia e até mesmo conforto. Mas, apesar de tudo isso que temos no nosso dia-a-dia, ainda podemos verificar que a qualidade de vida não pode ser medida por estes itens, mas também devemos agregar condições melhores de meio ambiente (ar, água e vegetação) para conseguirmos chegar a um nível satisfatório de vida. Como espaços naturais são cada vez menores no lugar que moramos, devemos preservar o que ainda resta e tentar recuperar parte do já foi destruído. E também manter aqueles “paraísos naturais” como a Caverna do Diabo, da maneira que os encontramos.
Para finalizar, conte ao seu professor e a outras pessoas também, qual foi a lenda que mais te chamou a atenção sobre a Caverna do Diabo ou sobre a origem do seu nome.
E, se a visita foi uma experiência positiva, vá além, procure conhecer outras grutas do Vale do Ribeira e de outros estados (Bahia, Goiás e Minas Gerais tem cavernas lindíssimas também) ou então aguarde o oitavo ano, pois iremos passar três dias visitando o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR).

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Caverna do Diabo com os alunos do Colégio Mater Amabilis


Mais uma vez, os alunos do Colégio Mater Amabilis vão conhecer a Caverna do Diabo.
Apesar do nome assustador que muitos moradores da região do Vale do Ribeira deram à Gruta da Tapagem, este estudo motiva boas discussões a respeito da importância da preservação deste importante patrimônio natural do nosso estado. Não só as belas formações espeleológicas podem ser observadas e estudadas. Debateremos também a importância econômica e social deste espaço para a economia local, não só pela manutenção de uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservadas do estado de São Paulo, como também de uma fonte vital de renda para uma população que descende de importantes núcleos de quilombolas. Inclusive, o contato dos alunos com a cultura e o modo de se expressar dos habitantes  do "vale", através da conversa com os guias do parque, quebram muitas barreiras e até alguns preconceitos, mostrando o quanto o nosso país traz uma riqueza de dialetos e expressões, que só uma visita a diferentes lugares podem nos mostrar.
Um tênis confortável (com solado antiderrapante), calça comprida daquela de agasalho de moleton ou tactel, camiseta com manga (não pode ser regata), boné, um bom repelente, capa de chuva, garrafinha de água e muita disposição são itens indispensáveis para o evento.
A previsão do tempo nos é favorável (dá uma conferida lá, no site do inpe/cptec  www.cptec.inpe.br/cidades/tempo/1863), pois coloca temperaturas oscilando entre 10ºC e 26ºC com quase nenhuma possibilidade de chuva (por precaução sempre é bom levar a sua capa de chuva). Apesar do nosso grupo chegar na região no final da manhã (já vamos pegar o dia mais bem quente que os 10ºC de mínima prevista) vale a pena levar um agasalho, pois sempre esfria um pouco no nosso retorno para casa.
Estalactites, estalagmites, helictites, travertinos, cortinas, entre outros espeleotemas conduzirão o nosso olhar para a apreciação de belas obras naturais...
Algum dinheiro também é importante, pois as despesas em restaurantes de estrada não estão incluídas no pacote.
Até sábado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

"Nosferatu" no Cemitério do Araçá


A Cia. Teatral do Subsolo fez uma montagem de uma peça teatral baseada no filme "Nosferatu", clássico do cinema expressionista alemão do diretor Friedrich Wilhelm Murnau, de 1922, no Cemitério da Consolação (localizado na Av. Dr. Arnaldo, no sugestivo número 666).
Será encenada em todos os sábados do mês de agosto, com entradas gratuitas, mas para apenas 50 pessoas.
A adaptação do filme do famoso vampiro, conde Orlok, que se apaixona por uma singela moça de um pequeno vilarejo usa a estética expressionista alemã e o horror como base para o desenvolvimento da trama.
Vale a pena dar uma conferida e curtir um clássico adaptado para um "palco" no mínimo insólito...
Começa sempre às 20h (tem 60 minutos de duração) e os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência (mas, infelizmente a fila já está bem grande, muito antes disso).
A indicação é para maiores de 14 anos.
Mais informações com ciateatraldosubsolo@gmail.com

terça-feira, 14 de junho de 2016

Roteiro de observação para o PETAR



Estudo do meio no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) do Colégio Companhia de Maria (COMPA)

A distância entre o Colégio Companhia de Maria e o Bairro da Serra em Iporanga (SP), onde está localizado o Petar é de 340 km.
Saindo da cidade de São Paulo o ônibus seguirá pela Rodovia Régis Bitencourt (BR-116) até o município de Jacupiranga. Daí vamos pela SP-193, Rodovia Benedito Pascoal de França, Rodovia Antônio Honória da Silva até a cidade de Iporanga onde pegamos a Estrada do Ouro Grosso – Tolado do Rio, até o Bairro da Serra.
(fonte www.nucleoterra.com.br)
No caminho entre a capital e o Petar podemos observar uma mudança radical da paisagem. Vamos sair de uma área intensamente urbanizada, com intensa ocupação do espaço para outra características bem distintas.
No caminho, inclusive, podemos verificar obras da finalização da duplicação da BR-116, no estado de São Paulo.
Quais as mudanças de paisagem que mais chamam a atenção? Como flui o trânsito no pequeno trecho de pista simples (não duplicada) na Serra do Cafezal? Como é o fluxo de veículos que circulam pela rodovia principal? Existem muitos caminhões (transporte de carga) na BR-116. Por que acontece este excesso de veículos pesados? Há mudança de intensidade de fluxo nas outras rodovias depois do município de Jacupiranga?
A grande São Paulo se destaca pela grande concentração de indústrias, comércio e de empresas de prestação de serviços. Já no caminho do Petar, podemos notar que mudam significativamente as atividades econômicas das cidades.
Que tipos de atividades predominam? A agricultura é bem diversificada? Podemos comparar com outras práticas agrícolas e produtos de outras regiões do interior paulista? Que impactos ambientais e socioeconômicos provocam na região?
Inclusive, o Petar está localizado em uma das áreas mais pobres do interior de São Paulo (e até mesmo do país), conhecida como Vale do Ribeira. O seu IDH é de 0,69 considerado o mais baixo do estado de São Paulo (só para comparar os números do Maranhão e Alagoas, os mais baixos do país giram em torno de 0,63).
Procure pensar nas causas e consequências dos baixos índices socioeconômicos do Vale do Ribeira? Esta característica influenciou na ocupação e na paisagem da área? Como podemos associá-la à grande preservação da vegetação que existe hoje na região? Inclusive, existem um grande contínuo de Mata Atlântica preservada no Petar e em outros parques como Intervales, da Caverna do Diabo, Carlos Botelho e da Serra do Mar. Que impacto esta grande área de conservação natural causa na região? Você é a favor da continuidade destas áreas? Como a aprovação da lei de “concessão de exploração pela iniciativa privada de 25 parques estaduais” pode afetar as áreas preservadas do nosso estado (pesquise mais sobre isso)? Mesmo com o rígido código florestal, estes parques correm riscos? Quais as principais ameaças? O que pode ser feito para protegê-los melhor?

Antes de chegar na cidade Iporanga, vamos parar e conhecer a Comunidade quilombola de Ivaporunduva, que possui cerca de 300 pessoas, localizada no município de Eldorado. Apesar de existir, segundo relatos, desde o século XVI, só foi reconhecida como quilombo em 1997. Quais as implicações diretas em ser uma comunidade quilombola? Como foi formada a comunidade? Como os seus habitantes lidam com as questões ambientais e culturais? O que mais te chamou a atenção no contato e nas atividades desenvolvidas no quilombo? Faça uma comparação do estilo de vida da comunidade com aquela que você e seus familiares possuem. Procure estabelecer semelhanças e diferenças entre a forma de viver e se relacionar com as outras pessoas (familiares, vizinhos, amigos, etc). Lembre-se que tanto você quanto eles estão no estado mais rico do país e com toda a evolução tecnológica do século XXI.
Já ao adentrar o parque, dê uma boa observada no seu entorno. Que tipo de estrutura geológica e relevo predominam na região? Quais os agentes que atuaram mais no modelamento do relevo da região? Há uma boa estrutura para recebimento de turistas e estudantes no Petar? Que diferenças você notou com outros parques que visitou (mesmo na cidade de São Paulo)? Se você já teve a oportunidade de sair do país e conhecer outras áreas de preservação, faça uma comparação entre o que você viu aqui e no país que passou.
Existem mais de 300 cavernas, onde somente algumas delas estão abertas à visitação.
Vamos conhecer as mais expressivas e próximas da sede. Daquelas que o nosso grupo conseguiu entrar, você viu semelhanças físicas entre elas? Pense nas sensações que teve ao entrar nas cavernas. Procure comparar o que sentiu, explorando todos os sentidos, com outros lugares exóticos que tenha conhecido (ou então, procure lembrar-se do que você imaginou que sentiria ao entrar em alguma delas). Existem experimentos científicos de pessoas que ficaram meses isolados em uma caverna para ver a reação do seu organismo quanto à qualidade de sono, confusão mental, desajuste do relógio biológico entre outras coisas. Na década de 60, inclusive a própria NASA usou este tipo de experiência para ajustar o trabalho com astronautas que iriam para atividades espaciais (importantes inclusive, para a chegada dos seres humanos na Lua, em 1969).
O seu grupo fez um “apagão” dentro da caverna? Descreva a sensação da escuridão total (na zona 3) e converse com outras pessoas sobre isso.
Agora, a formação de grutas, cavernas ou lapas é fruto de um intenso processo de erosão e intemperismo. E muitas delas possuem formações bem curiosas conhecidas como espeleotemas.
Estalactites, estalagmites, helictites, travertinos, cortinas, ninhos de pérolas, colunas, entre tantas outras são um convite para atiçar o nosso imaginário sobre a sua formação e composição. Tente pensar no processo que resultou na formação de cada uma delas e depois compare com as informações passadas pelos guias e professores...  Qual é o grau de preservação do interior das cavernas? Existem flora e fauna no seu interior? Quais os tipos de animais que são comuns nas três zonas de iluminação de uma caverna? Você encontrou algum deles nas grutas que adentramos? 

E, lembre-se que o elemento humano que habita o Vale e o Alto do Rio Ribeira do Iguape é um diferencial na relação que existe entre o cultural e o natural da região.
O seu imaginário, as histórias que sempre permearam a sua memória e o seu cotidiano, a relação com a natureza, o passado de lutas e a indefinição do seu futuro marcam o caboclo que vive nestas paragens.
O habitante do entorno do Petar possui características bem distintas daquele que vive nos grandes centros urbanos. O que ainda o mantém na região? Quais as suas carências e riquezas? E qual a sua importância na preservação de toda esta riqueza natural e cultural encontrada neste lugar?
Lembre-se que um estudo do meio tem como objetivo a troca de experiências com os habitantes do local e a sensibilização em relação ao meio natural e social encontrado.
“A verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

Roteiro do COMPA para o Petar



Roteiro – Colégio Companhia de Maria

 Dia 15 de junho (quarta-feira)
- saída do colégio (7h)
- almoço no quilombo de Ivaporunduva (12h)
- palestra na igreja do quilombo
- oficina de caça e pesca
- plantas medicinais
- plantio de banana orgânica
- saída do quilombo para o Bairro da Serra (17h30)
- check in na Pousada das Cavernas (19h)
- jantar (19h30)
- conversa com os professores do colégio e da Via Franca Turismo (21h)
- descanso - recolher (22h30)

Dia 16 de junho (quinta-feira)
- despertar (6h30)
- café da manhã (7h)
- saída para o núcleo Santana do Petar (7h45)
- visita às cavernas de Santana, Água Suja e Couto
- lanche de trilha (no período “entre cavernas”)
- banho de rio e cachoeira do Couto
- mirante
- retorno para a pousada
- jantar (19h30)
- Fogueira, violão e bate papo
- descanso – recolher (22h30)

Dia 17 de junho (sexta-feira)
- despertar (6h30)
- café da manhã (7h)
- saída para o núcleo Ouro Grosso (8h)
- caverna Alambari de Baixo
- boia-cross
- retorno para a pousada
- almoço (13h)
- check out na pousada (14h)
- retorno para São Paulo
- horário previsto para chegada no colégio (21h)