O tema renderia um livro, mas serei bem sucinto e direto, utilizando-me de apenas um exemplo: a questão do lixo.
Há, por estes tempos, discussões acaloradas sobre tudo, num dualismo insano... Tudo parece se resumir entre visões de direita e esquerda, entre Bolsonaristas e contrários... Mas, na prática, vai muito além disso... Independente da visão ideológica (ou da ausência dela) há de se destacar que a consciência política, social, ambiental, ou melhor, humana mesmo, está em baixa, muito aquém do que esperamos para ter uma evolução naquilo que podemos imaginar para uma vida coletiva razoável.
Volto a repetir, ficarei apenas na questão do descarte de resíduos por parte da população... Quem separa o seu lixo (ah, "aquele lance dos recicláveis", isso mesmo)? Quem o acondiciona de maneira adequada e o descarta nos lugares corretos? Quem se informa e reproduz mensagens conscientes sobre o destino do que não mais desejamos, nas nossas casas?
Andando de bicicleta, em uma avenida da minha cidade conhecida como Anel Viário, dias desses vi e fotografei as cenas que me indignaram e me fizeram escrever esta postagem...
Lixo e entulhos espalhados pela sua extensão (percorri apenas um pequeno trecho dela), colocados pelos próprios moradores... O que me deixa mais estarrecido é que há coleta regular e um centro de descarte de resíduos na região (que aceita praticamente tudo, menos o lixo doméstico, que já é recolhido pela concessionária autorizada pela prefeitura)...
Então, pensei bastante sobre tudo isso e é clara a necessidade de uma educação social e coletiva mais abrangente... Isso deveria ser iniciado na família, na criação dos filhos, estabelecido um contrato social para que todos entendessem a obviedade de certas regras para convivência mútua... Faz falta também uma educação formal com mais credibilidade, ou seja, uma escola que tenha as suas lições levadas a cabo pelos seus alunos e familiares, já que parte do que acontece em sala de aula, as suas discussões não são colocadas em prática... E também, claro, o cumprimento das leis já existentes e a fiscalização mais rigorosa para coibir estes atos de agressão ao meio ambiente urbano... Além de vetor de doenças, o lixo espalhado pelas ias públicas causa outros impactos, como enchentes, mau cheiro, impacto visual negativo, atração de roedores, baratas e escorpiões, entre tantas outras coisas...
E não adianta tentar justificar com a questão de classes, atribuindo as imagens à uma população mais pobre, pois já frequentei muitos shows e festas de pessoas de maior renda (classe A, mesmo) e vi como deixaram o espaço após o final dos eventos...
A lura é árdua, inglória, mas jamais devemos abandoná-la, pois conquistar uma vitória neste campo, já significaria um grande passo para a conquista da sonhada cidadania dos habitantes de qualquer centro urbano!!!!
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