Via Franca
domingo, 25 de julho de 2010
Uma semana em Salvador (BA)
Em agosto inicia o período que, no turismo, chamamos de "baixa temporada".
Naturalmente cai o número de pessoas que se deslocam a lazer entre as principais áreas do país e do mundo.
Por isso, surgem várias promoções de pacotes, passagens aéreas e hotéis.
Vale a pena aproveitá-las.
Para se ter uma ideia, a TAM e a Gol estão com uma promoção que envolvem pontos de milhagem em voos para todo o Brasil (dá para viajar com até 4 mil pontos por trecho).
Para quem pode, a cidade de Salvador, na Bahia é uma excelente dica para esse período.
No caso, prefira mais o mês de setembro para frente, pois ainda estamos no final das chuvas na capital baiana (importantíssimo: evite Salvador no mês de julho).
A cidade tem uma rede hoteleira bem variada, mas eu prefiro me hospedar no Bairro do Rio Vermelho, que está bem localizado em relação às praias e a agitação da vida noturna soteropolitana.
Fico sempre no Ibis, que é barato, prático e confortável (ao lado tem o Mercure e na frente o Pestana, para quem gosta de um pouco mais de conforto e piscina).
Inclusive, para quem gosta de restaurantes charmosos e que servem uma boa comida, o Rio Vermelho é o local mais indicado para apreciar essa boa gastronomia.
Na rua do hotel mesmo, aparecem três bons restaurantes, com cozinha apurada, pratos exclusivos e precinhos não muito salgados (perto do que é oferecido, é claro).
As dicas são: o Ciranda (é fundamental experimentar o Badejo com purê de banana da terra), a Confraria das Ostras, com a sua culinária baiana (eleito o melhor do gênero pela Veja Salvador) e o Volare Ristorante, com o seu linguini ao molho de camarão.
Existem também inúmeras opções de botecos e casas com música ao vivo (toca-se muito samba na região).
Para quem gosta de acarajés e abarás, o lugar é o tabuleiro da Dinha, situado no largo de Santana, no Rio Vermelho.
Desde a morte de Lindinalva de Assis, a Dinha, em março de 2008, a administração do movimentadíssimo tabuleiro armado no Rio Vermelho está nas mãos da filha Cláudia. Nesse verdadeiro ponto turístico - muita gente se refere ao Largo de Santana, onde está instalada, como a praça da Dinha - existem também outras opções de bares frequentados pelos soteropolitanos de classe média e também por neohippies.
Para quem gosta de praia, as melhores estão na parte norte da cidade (eu adoro a praia do Flamengo), inclusive aquelas localizadas fora de Salvador, como a Praia do Forte (charmosíssima, como Búzios, no Rio), famosa por sediar a principal base do Projeto Tamar, de proteção à tartarugas e, uma outra, da Baleia Jubarte ou então a Praia de Arembepe.
Vale a pena também visitar as ilhas da Baía de Todos os Santos, com praias de águas mornas e um tom maravilhoso de verde, como Itaparica (a melhor é a da Ponta da Areia), via Ferry Boat ou então a Ilha dos Frades (de escuna, via alguma agência de turismo local).
Se o dia estiver bonito, arrisque-se a pegar um catamarã, às 8h da manhã, e vá até Morro de São Paulo. O barco sai de uma marina em frente ao Mercado Modelo (para ser sincero, o melhor seria ficar uma semana, só em Morro de São Paulo).
Conhecer a Lagoa do Abaeté, em Itapoã, também é interessante, pois o lugar já esteve muito degradado, há tempos atrás, mas hoje está limpo e seguro (pode-se aproveitar um bom banho na lagoa de águas escuras, cercada por dunas incrivelmente brancas).
Na parte cultural e histórica, a cidade é quase imbatível.
O Pelourinho é parada obrigatória, tanto de dia, para conhecer bem a arquitetura e a história do local (as igrejas da Sé, de São Francisco e a matriz de São Salvador são obrigatórias), quanto de noite, para apreciar um pouco da cultura local e da boa culinária baiana (o Restaurante "Sorriso da Dadá", com as suas moquecas e bobós, é um deles).
Para compras no Mercado Modelo, utilize o Elevador Lacerda.
Para melhor se informar do que acontece, entrem em sites especializados ou então procure a agenda cultural distribuída pela Bahiatursa. Só evitem dar muita atenção a vendedores ambulantes (principalmente aqueles de fitinhas) e muito cuidado com os seus objetos pessoais e bolsas, pois como toda cidade grande e com excesso de turistas, tem um índice grande de furtos e roubos.
Os ensaios dos afoxés e grupos de percurssão, como o Olodum e a Didá, não são constantes, por isso se informem antecipadamente sobre essas apresentações.
A cidade também é bem servida de museus, galerias de arte e ateliês.
Vale a pena conferir alguma coisa dessa parte cultural (eu adoro o museu de geociências e o de Arte Sacra).
A Igreja do Senhor do Bonfim também é muito interessante, tanto para católicos quanto para não-católicos, mas cuidado, já levem as suas fitinhas, pois os vendedores do local vão conseguir lhe empurrar algo por um valor muito maior do que é justo (no Mercado doze fitinhas custam um real e os chaveirinhos que eles vendem por sete reais, não passam também de um real).
O Bonfim fica há quatro quilômetros do Pelourinho, pela Cidade Baixa.
Apesar da cidade ter uma boa sinalização, é importante ter um mapa em mãos para quem for alugar um carro (item que não é muito caro na cidade).
Praia, povo hospitaleiro e alegre, boa comida, cultura, bom divertimento e história, fazem da cidade de Salvador, um excelente destino dentro do nosso país.
Aproveitem!
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