Via Franca

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domingo, 9 de dezembro de 2018

Futebolzinho de domingo de manhã


De uns três anos para cá tem aumentado a minha incompreensão sobre determinados comportamentos acarretando, consequentemente, no aumento da intolerância contra certas pessoas e grupos...
Um dos exemplos que me levam a isso pode ser entendido pela observação de uma galera que vem jogar futebol no clube que fica ao lado do condomínio que resido (eu ia escrever "moro", mas sempre que leio esta palavra, me vem um certo sentimento de perseguição na forma de justiça, rsrs)...
Não os consigo entender, juro, pois eles chegam cedo, numa manhã de domingo, abrem mão da convivência com a família para vir jogar bola embaixo de um sol escaldante (até começar o jogo cumprem uma série de protocolos). Inicialmente, em círculo e abraçados, fazem uma oração fervorosa (não sei quem começou este lance de rezar o "pai nosso" em 78 rpm, mas é estranho demais), gritam em uníssono o lema dos três mosqueteiros, aquele "um por todos e todos por um" e com o jogo iniciado começam a disputar lance a lance como se fossem profissionais, como se vivessem do esporte... Simulam faltas e arrumam confusão em lances simples... E, apesar da devoção cristã mostrada anteriormente, xingam, xingam e xingam, sem qualquer pudor ou preocupação com quem esteja assistindo (que, na maioria das vezes, acompanham os palavrões independente da presença de crianças na claque).
Vejo que muitos saem estressados e descontentes (há até agressões físicas em alguns jogos) mesmo que a proposta seja apenas passar uma manhã de domingo jogando uma bolinha com os amigos...
Há sentido nisso?
Tento compreender, mas independente do que a psicologia possa explicar, o que vejo da janela do meu apartamento, me tira a imensa vontade de algum dia estar lá, com eles, procurando um pouco de distração  e diversão com o "jogo bretão"...




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