Via Franca

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Exposição sobre o Ilê Aiyê no Itaú Cultural SP


Estive na semana passada pela Paulista e fui conferir a pequena exposição que conta a história do Ilê Aiyê, no Itaú Cultural.
Apesar de modesta, ela conta a bela história do primeiro bloco afro do Brasil, que nasceu para combater o racismo e o silenciamento dos negros no circuito oficial do carnaval de Salvador (Bahia). Ainda hoje, após 44 anos do seu primeiro desfile público continua saindo apenas com negros.
Logo na entrada somos envolvidos pela voz marcante da Luedji Luna com a música Ilê de Luz cantada "a cappella" e a bela imagem de Mãe Hilda de Jitolu, fundadora do movimento, junto com o seu filho Antônio Carlos dos Santos Vovô (o atual presidente da fundação).


Na medida que vamos percorrendo os espaços, com muitas fotos, tambores, manequins com alegorias, depoimentos, croquis de fantasias e carros alegóricos entre outros objetos a ocupação vai nos envolvendo... Quatro cores definem bem as salas. A primeira cor que delineia a mostra é a cor preta que homenageia a pele e a história deles. Depois, vem o vermelho que remete ao sangue derramado pela libertação. A próxima é o amarelo que simboliza a riqueza natural e a beleza negra. E finalizando, vem o branco, que representa a paz... O artista Jota Cunha representou todas elas em uma máscara africana com quatro búzios abertos que ele chamor de "perfil azeviche".

Não é a mesma coisa que subir a ladeira do Curuzu, bairro que está situado o grupo cultural (na realidade o projeto social se estende por outras áreas de Salvador), mas remete um pouquinho da sua histórica luta e beleza.
E como diz a música o "Mais belo dos belos", quem é que sobe a ladeira, do Curuzu, é a mais coisa mais linda de se vê é o Ilê Aiyê...


A mostra fica até o dia 06 de janeiro no Itaú Cultural (av. Paulista, 149 - térreo, próximo ao metrô Brigadeiro da linha verde). Os horários variam de 9h às 20h de terça à sexta e das 11h às 20h, nos sábados, domingos e feriados e é gratuita.
Vale muito a pena...








"O mais belo dos belos"

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