Via Franca

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Devolvam os urubus



Sei que eu vou suscitar os mais calorosos protestos dos meus amigos ambientalistas (continuo comO tal, tá gente), mas após ler a defesa escrita pelo próprio autor da obra "Bandeira Branca", o artista Nuno Ramos, publicada pela reacionária Folha de São Paulo, no caderno Ilustríssima, de ontem (domingo, 17 de outubro de 2010), TENHO QUE CONFESSAR QUE MUDEI A MINHA OPINIÃO.
Não vou reproduzi-la, nem comentá-la, mas concordo que houve perseguição e censura, já que os urubus saíram do seu cativeiro, em Sergipe, com AUTORIZAÇÃO DO IBAMA, diga-se de passagem e foram acondicionados em um local mais espaçoso que o seu original (maior até que a jaula do condor, no zoológico de São Paulo).
Foram inseridos em um contexto artístico, compondo uma obra viva que, confesso, nos fez pensar e refletir sobre diversos temas (um dos papéis da própria arte: a reflexão).
E, em certos momentos, que olhavámos para a obra, não sabíamos quem observava quem (fantástico, esse dualismo).
Tive, por vários instantes, a sensação que EU ERA O OBSERVADO.
De fato, Nuno Ramos, a obra incomodava...
Pena, que nem todos puderam senti-la.

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